O fenómeno El Niño em 19 de Maio
Cortesia NOAA
Todos as previsões apontam para uma uma transição nas condições do El Niño, como estava previsto, para uma característica neutral em Junho de 2010 e assim continuará durante o Verão no Hemisfério Norte.
O fenómeno El Niño tem vindo a enfraquecer a sua actividade, com as anomalias das temperaturas da superfície do mar (doravante SST) a diminuinrem no Oceano Pacífico Equatorial. No entanto, as anomalias de SST ainda excedem +0,5ºC em grande parte do Oceano, mas o conteúdo calórico na sub-superfície tem diminuindo de forma constante. Os ventos alísios equatoriais de leste nos níveis baixos na troposfera mantiveram-se quase normais, enquanto que os ventos de oeste, anómalos nos níveis altos prevaleceram sobre o Oceano Pacífico Central durante a maior parte do mês de Abril. Assim sendo e colectivamente, estas anomalias oceânicas e atmosféricas reflectem o enfraquecimento do El Niño.
Quase na totalidade dos modelos prevêem uma diminuição das anomalias do SST na região Niño 3-4 durante o Verão de 2010 no H. N. No entanto, os modelos também afirmam que para o período de Julho - Setembro do ano em curso, haja o surgimento das condições da La Niña (fenómeno oposto). Deste modo, haverá um aumento crescente das anomalias negativas de SST na região Niño 3-4. Estes prognósticos, associados a vários indicadores oceânicos e atmosféricos, sugerem um aumento da possibilidade do desenvolvimento da La Niña durante o segundo semestre de 2010.
A próxima discussão sobre o ENSO está programada para a primeira semana de Junho, o mês em que se inicia a época dos ciclones tropicais no Atlântico Norte, Caraíbas e Golfo do México.
Richard Reynolds
Análise dos valores da temperatura da água em 22 de Maio
Cortesia NOAA
Richard Reynolds
Anomalia dos valores da temperatura da água em 22 de Maio
Cortesia NOAA
Os valores médios da temperatura da água em Junho
Cortesia de Richard Reynolds
Se há o surgimento da La Niña no Pacífico Central e para que haja equilíbrio térmico, a temperatura da água superficial do Atlântico Norte irá registar um aumento do seu valor médio. Este facto implica, de entre outros fenómenos atmosféricos, que a actividade dos ciclones tropicais seja real e preocupante.
Na actualidade. O Golfo do México e Caraíbas.
Imagem de satélite das 17:45 UTC
Cortesia da NOAA/JDACT