terça-feira, 11 de maio de 2010

A Utopia: Posso ir tão longe quanto eu quiser. Para que serve então a utopia? Para avançarmos

Cortesia de meu1984
O termo utopia significa algo que está somente em pensamento, que por vários motivos ainda não foi posto em prática. Utopia tem como significado mais comum a idéia de civilização ideal, imaginária, fantástica. Pode referir-se a uma cidade ou a um mundo, sendo possível tanto no futuro, como no presente.

Cortesia wikipédia
Utopia foi um um termo inventado por Thomas More (De Optimo Reipublicae Statu deque Nova Insula Utopia, em português, Sobre o melhor estado de uma república e sobre a nova ilha Utopia, ou simplesmente Utopia), que serviu de título a uma de suas obras escritas em latim por volta de 1516. Segundo a versão de vários historiadores, More fascinou-se pelas narrações extraordinárias de Américo Vespucio sobre a recém avistada ilha de Fernando de Noronha em 1503. More decidiu então escrever sobre um lugar novo e puro onde existiria uma sociedade perfeita.
O «utopismo» consiste na ideia de idealizar não apenas um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão fantasiosa. Normalmente contrária ao mundo real. O utopismo é um modo não só absurdamente optimista, mas também irreal de ver as coisas dum modo que gostaríamos que elas fossem.

Vejamos alguns aspectos da utopia de Thomas More. Descreve uma sociedade organizada racionalmente, através da narração dos feitos que realiza um explorador, Rafael Hytlodeo. Utopia é uma comunidade que estabelece a propriedade comum dos bens. Não enviam os cidadãos à guerra , mas contrata mercenários entre os vizinhos mais conflituosos. Todos os cidadãos da ilha vivem em casas iguais, trabalham por períodos no campo e nos tempos livres dedicam-se a actividades de leitura e de arte. A organização social da ilha aponta a dissolver as diferenças e a fomentar a igualdade. Por exemplo, que todas as cidades sejam geograficamente iguais. Na ilha impera uma paz total e uma harmonia de interesses que são resultado da sua organização social. Na ilha eliminou-se o conflito e as potenciais possibilidades de materialização. Em geral concebe a comunidade utopiana como uma sociedade perfeita em organização e completamente equitativa na distribuição dos recursos escassos existentes.

Alguns dados da Utopia moderna: Muitos autores como Arnhelm Neusüss tem defendido que as utopias modernas são essencialmente diferentes das anteriores. Outros afirmam, que em rigor, as utopias só se dão na modernidade e chamam cronotopias às utopias anteriores a Thomas More. Tomando como referência esta perspectiva, as utopias modernas estão orientadas para o futuro. Deste modo, as utopias expressam uma rebelião frente ao dado novo da realidade. Propõem uma transformação radical, que nalguns bem conhecidos de todos nós, passa por processos revolucionários.
Assim, as utopias têm derivações no pensamento político, isto é, nas correntes socialistas ligadas ao marxismo e anarquismo, ao movimento literário e incluindo, quiçá, o próprio movimento cinematográfico actual, através da ciência de ficção social.
E o que dizer da Utopia ecologista? Frágil e indecisa como o género literário. A utopia tem ainda a força necessária para se transmutar (ou será melhor dizer dissolver?). A transmutação é tão profunda (ou estamos a pensar em dissolução?) que a utopia sai para fora dos quadros da literatura em busca de uma forma de realização, quer na arquitectura e no urbanismo. Não é imaginar a cidade futura mas de construir efectivamente as megapolis em que vivemos, como um movimento social (talvez tipo cooperativo) que procure concretizar uma representação idealizada da vida social. Uma utopia de paz mundial é considerada por muitos como um dos finais da história.
A Obra de Thomas More tornou-se sinónimo de projecto irrealizável. Fantasia. Delírio. Quimera. Lugar que não existe, dando uso mais amplo do então neologismo «utopia».

A UTOPIA
Ela [a utopia] está no horizonte.
Aproximo-me dois passos e ele afasta-se
dois passos.
Avanço dez passos e o horizonte
distancia-se de mim dez passos.
Posso ir tão longe quanto eu quiser:
nunca lá chegarei.
Para que serve então a utopia?
Para isto: para avançarmos.
(Eduardo Galeano)

wikipédia/JDACT

Sem comentários:

Enviar um comentário