O pintor no seu café (café Bailote)
(1913-1986)
Albufeira
Cortesia da CMAlbufeira
João Barreto Bailote, autodidacta por vocação, foi um dos nomes mais expressivos ao nível da pintura algarvia do século XX. Em finais da década de 40 conheceu o famoso artista sueco Gullander ou Hullander, de quem se tornou grande amigo.
Na Suécia aprendeu algumas técnicas de pintura que viriam a marcar profundamente toda a sua obra. Durante muitos anos João Bailote expões nas paredes do seu café os quadros que produzia, fazendo daquele espaço a primeira galeria de arte do Algarve.
Entre outras, esteve presente nas seguintes exposições: - Estocolmo (1952), onde expôs individualmente;
- Londres (1962);
- Portugal, onde participou em exposições na Sociedade Nacional de Arte Moderna e noutros salões.
Só aos 35 anos começou a pintar a óleo.A sua existência está curiosamente ligada ao desenvolvimento turístico de Albufeira. «...foi o primeiro turista britânico que arribou a Albufeira, Mr.Taylor,quem nele pressentiu um talento ainda em bruto e lhe abriu as portas do universo da arte». Em 1948, João Bailote visitou a Inglaterra,mas só no ano seguinte, graças ao convívio com um pintor sueco, Hullander ou Gullander, João Bailote pôde dispor dos instrumentos necessários à experiência pictórica. « ... em 1950 foi, por sua vez, á Suécia, onde trabalhou com Hullander». João Bailote é fundamentalmente um expressionista moderno, criador de uma pintura de solidão, através da miragem de uma vila desértica.
Os seus triunfos de pintor principiaram praticamente em 1952, quando expôs em Estocolmo, onde foi aceite pela comunidade sueca. Tem hoje muitos quadros a óleo espalhados pela Inglaterra, pelaa Alemanha e pelos Estados Unidos da América.
Cortesia de arcadja
«Mestre Bailote descobriu a pintura, depois dos cinquenta anos e, a partir de então, compôs primorosamente a figura de artista “soixantard”, cabelo comprido, vestuário “casual chic”, ar distraído, pele morena bronzeada, amor em várias línguas e ninguém como ele soube retractar o casario de Albufeira, na simplicidade das suas linhas depuradas à luz velada da noite e, para o conseguir, nunca precisou mais de quatro cores, o azul, o negro, o branco e o ocre, e alguns dos seus tons». In largodamemoria, Luis Eme.
Cortesia da CMAlbufeira/wikipédia/JDACT