Cortesia da CMAlbufeira
Embora não se disponha de informação segura acerca da primitiva ocupação humana deste sítio, acredita-se que este trecho do litoral já era ocupado desde a pré-história, por populações ligadas à pesca. O seu porto teria propiciado a formação de uma povoação com alguma importância, que ao tempo da Invasão romana da Península Ibérica se denominava Baltum. A sua população, a par da actividade pesqueira, teria desenvolvido a agricultura e o comércio, trazendo um progresso económico do qual os vestígios de aquedutos, pontes e estradas são testemunho.
Cortesia da CMAlbufeira
À época da Invasão muçulmana da Península Ibérica, a partir do século VIII, teria sido fortificada, conforme atesta o seu topónimo árabe al-Buhera com o significado de Castelo do Mar. Outros autores atribuem ao vocábulo o significado de lagoa, então existente na parte baixa, que defenderia pelo lado de terra a península na qual a povoação se ergue.
A Albufeira islâmica constituía-se num povoado amuralhado no topo da escarpa rochosa, que corresponde ao actual centro histórico, dominada por um castelo. A eficácia dessa defesa é atestada pelo facto de ter sido este um dos núcleos que mais tempo permaneceram no seu domínio.
Cortesia da CMAlbufeira
À época da Reconquista cristã da Península, após a conquista de Faro, a povoação de Al-buhera foi finalmente conquistada, em 1250, pelas forças de D. Afonso III, sendo o castelo e os seus domínios doados pelo soberano aos cavaleiros da Ordem de Avis, na pessoa de seu Mestre, D. Martinho Fernandes (1 de Março de 1250).
Embora não haja informação disponível, é possível que as suas defesas tenham, a partir de então, sido recompostas. É certo que a povoação se desenvolveu nos séculos seguintes, uma vez que à época de D. Manuel I, recebeu Foral (20 de Agosto de 1504). Embora também não haja informação, as suas defesas devem ter sido reforçadas nesse período.
Cortesia da CMAlbufeira
Do século XVIII aos nossos dias:Localizada nma falésia, a povoação foi desde sempre atingida pelos cataclismos naturais. Foi particularmente castigada pelo terramoto de 1755, cujo maremoto consequente atingiu a costa naquele trecho com ondas de mais de dez metros de altura, arrasando tudo à sua passagem. Na vila permaneceram de pé apenas 27 casas de habitação. A Igreja Matriz, na qual se refugiara parte da população, desabou, causando 227 vítimas. Embora tivessem sido iniciadas de imediato obras para reparação dos danos, a região continuou sendo sacudida por terramotos até Agosto do ano seguinte.
Em 1833, à época da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), a vila foi cercada e tomada de assalto pelas forças de José Joaquim de Sousa Reis (o "Remexido"), um capitão de guerrilhas miguelista, causando extensos danos materiais. A luta teve um saldo de cerca de 27 mortos entre ambos os lados.
Cortesia de Notícias de Albufeira, nº 16
Entre o século XIX e o XX, a vila conheceu surtos de crescimento e depressão económica. Modernamente, graças ao turismo, um expressivo surto de progresso se instalou. Pouco resta dos antigos muros medievais da vila, que não resistiram ao progresso urbano, demolidos na década de 1960 quando da contrução de um hotel. Esses remanescentes não se encontram classificados nem em vias de classificação pelo poder público português.O castelo medieval apresentava planta no formato quadrangular, com uma torre em cada vértice. Este perímetro fortificado corresponderia à alcáçova muçulmana, acedido por duas portas: a Porta da Praça ou Porta do Ocidente, e a Porta do Mar, a Norte. Um troço desse muralhamento subsiste entre essas duas portas. A chamada Torre do Relógio, que actualmente se encontra integrada na edificação da Santa Casa de Misericórdia, era, primitivamente, uma das torres muçulmanas que defendiam a Porta da Praça, aí tendo funcionado a antiga cadeia.
Cortesia da CMAlbufeira
http://www.cm-albufeira.pt/NR/rdonlyres/1EEE56B9-B47D-443B-9528-4A8198537D23/0/DossierApoioProfessores_2010.pdf
Cortesia de CMAlbufeira/wikipédia/JDACT
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