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O Xadrez é um jogo de tabuleiro de natureza recreativa e competitiva para 2 jogadores, sendo também conhecido como Xadrez Ocidental ou Xadrez Internacional para distingui-lo dos seus predecessores e de outras variantes da actualidade. A forma actual do jogo surgiu no Sudoeste da Europa na segunda metade do século XV, durante o Renascimento, depois de ter evoluído de suas antigas origens persas e indianas. O Xadrez, segundo os historiadores do xadrezismo, é originário do Chaturanga, que se praticava na Índia no século VI d.C.
O xadrez é um dos jogos mais populares do mundo, sendo praticado em torneios amadores e profissionais, clubes, escolas, pela Internet, por correspondência e informalmente. Características de arte e ciência são encontradas nas composições de xadrês, na sua teoria que abrange aberturas, meio-jogo e finais, as fases em que subdividem o desenrolar do jogo. Por ser um jogo de estratégia e táctica, não envolve o elemento sorte. A única exceção, nesse caso, é o sorteio das cores no início do jogo, já que as brancas sempre fazem o primeiro movimento e teriam, em tese, uma pequena vantagem por isso.
A teoria é suportada pela estatística, muito embora alguns especialistas não aceitem a existência de tal vantagem.
Forma primitiva de xadrez, segundo Sir Lawrence Alma-Tadema, 1879
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A partida de xadrez é disputada num tabuleiro de casas claras e escuras, sendo que, no início, cada jogador controla 16 peças com diferentes formatos e características. O objectivo da partida é dar xeque-mate ao adversário. Teóricos do xadrez desenvolveram uma variedade de estratégias e tácticas para se atingir este objectivo, muito embora, na prática, ele não seja um facto muito comum, atendendo a que os jogadores em grande desvantagem ou iminência de derrota, têm a opção de abandonar a partida antes de receberem o xeque-mate.
As competições oficiais tiveram início ainda no século XIX, sendo Wilhelm Steinitz considerado o 1º campeão mundial de xadrez. Existe ainda o campeonato internacional por equipas realizado a cada dois anos, a Olimpíada de Xadrez. O xadrez foi reconhecido como desporto pelo Comité Olímpico Internacional em 2001, tendo a sua olimpíada específica e campeonatos mundiais.
O Dia Internacional do Xadrez é comemorado no dia 19 de Novembro, data de nascimento de José Raúl Capablanca, considerado um dos maiores jogadores de xadrez e o único hispano-americano a ganhar o título de campeão mundial.
Uma partida de xadrez, Ludwig Deutsch, 1896
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Existem diversas mitologias associadas à criação do xadrez, sendo uma das mais famosas aquela que a atribui a um jovem indiano chamado Lahur Sessa. Segundo a lenda, contada em O Homem que Calculava, do escritor e matemático Malba Tahan, numa província indiana chamada Taligana havia um poderoso rajá que tinha perdido o filho numa batalha. O rajá estava em constante depressão e passou a descuidar-se de si e do reino.
Diz outra lenda que a criação do xadrez se deve ao grego Palamedes, que teria inventado o jogo de xadrez como um passatempo para distrair os príncipes e os seus soldados durante o longo período que durou o cerco imposto pelos gregos à cidade-estado de Tróia. Os gregos foram os primeiros a documentar a existência do jogo. O poeta Homero descreve no primeiro livro da Odisseia uma partida de xadrez entre os pretendentes da rainha Penélope, às portas da casa do esposo Ulisses, em Ítaca.
Já uma terceira lenda atribui a invenção do jogo ao deus Marte (mitologia romana) ou Ares (mitologia grega) que foi inspirado pela dríade Caissa. Trata-se de uma lenda contemporânea, tendo sido criada em 1763 por Sir William Jones, que publicou durante a juventude um longo poema intitulado Caíssa sobre uma encantadora ninfa dos carvalhos que habitava nos bosques da antiga Trácia. Posteriormente, na França, a musa foi citada por La Bourdonnais, Mery, Saint Aimant, dentros outros, em artigos escritos na La Palamède, a primeira revista do mundo dedicada ao xadrez. Desta forma, o jogo de xadrez também veio a ser conhecido poeticamente como a Arte de Caíssa.
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