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Fado Triste
«Ando na vida à procura
D'uma noite menos escura
E que traga luar do céu
D'uma noite menos fria
Em que não sinta agonia
D'um dia a mais que morreu
D'uma noite menos fria
Em que não sinta agonia
D'um dia a mais que morreu
Vou cantando amargurado
Vou d'um fado a outro fado
Que fale d'um fado meu
Meu destino assim cantado
Jamais pode ser mudado
Porque do fado sou eu
Meu destino assim cantado
Jamais pode ser mudado
Porque do fado sou eu
Ser fadista é triste sorte
Que nos faz pensar na morte
E em tudo o que em nós morreu
E andar na vida à procura
D'uma noite menos escura
Que traga luar do céu
E andar na vida à procura
D'uma noite menos escura
Que traga luar do céu
Ando na vida à procura
D'uma noite menos escura
Que traga luar do céu
D'uma noite menos fria
Em que não sinta agonia
D'um dia a mais que morreu»
Poema de Alfredo
Marceneiro, in Fado
Sei de um rio
«Sei de um rio
Em que as únicas estrelas
Nele sempre debruçadas
São as luzes da cidade
Sei de um rio
Sei de um rio
Rio onde a própria mentira
Tem o sabor da verdade
Sei de um rio
Meu amor, dá-me os teus lábios!
Dá-me os lábios desse rio
Que nasceu na minha sede!
Mas o sonho continua
E a minha boca até quando?
Ao separar-se da tua
Vai repetindo e lembrando
Sei de um rio
Sei de um rio
Meu amor, dá-me os teus lábios!
Dá-me os lábios desse rio
Que nasceu na minha sede
Mas o sonho continua
E a minha boca até quando?
Ao separar-se da tua
Vai repetindo e lembrando
Sei de um rio
Sei de um rio
Sei de um rio
Ai!
Até quando?»
Poema de Alain Oulman
Cortesia de wikipedia/JDACT
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