Em cada ser humano há sempre a criança escondida que nunca nos abandona e que em todas as etapas da vida se manifesta. Solta-se no Ser a “criança”, quando se avivam emoções, motivadas por diversificadas situações que dão origem a reacções libertadoras de características infantis, pacíficas, explosivas e que em nós existem como que “adormecidas”.
Não é por acaso que é usual ouvir-se: «Depois de velhos voltamos a ser crianças!»
Quem não se lembra de pelo menos uma vez ter brincado com um boneco, independentemente de ser rapaz ou rapariga? Ao brincar, joga-se e a importância dos jogos com bonecos está na possibilidade que a criança tem de “se imaginar na realidade permanecendo no imaginário”. (Bonifrates_2002)
O brinquedo só é jogo enquanto se pode tornar o receptáculo do imaginário e do desejo. O fantoche é para a expressão dramática o que o boneco é para o jogo espontâneo da criança. É um suporte e não existe nele nenhuma realidade limitativa em si mesmo. Ele é aquilo que lhe atribuem, transporta consigo imagens e símbolos, risos e medos, sonhos ou realidades. Possibilita uma expressão livre onde a criança pode partir para o mundo imaginário sugerido pelo «Fantoche».
MLCT/Com a colaboração de JDACT
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