segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Moniz Barreto: Cabe-lhe o mérito de ter introduzido a crítica literária objectiva (científica). Influenciado por Taine, tornou-se um dos críticos literários mais argutos e interessantes de finais do século XIX

(1863-1896)
Goa
Cortesia de gutenberg

Guilherme Joaquim de Moniz Barreto foi um jornalista e crítico literário que se destacou por ser dos poucos ensaístas portugueses que tentou uma via científica na crítica literária e uma abordagem positivista ao estudo da literatura portuguesa. Apesar de ter falecido precocemente, com apenas 33 anos de idade, foi um dos críticos literários mais argutos e interessantes de finais do século XIX, observador atento do panorama cultural e da literatura portuguesa do seu tempo e dos decénios precedentes, introduzindo na lusofonia a crítica literária objectiva (científica), na linha do determinismo de Hippolyte Taine.

Hippolyte Taine
Cortesia de nndb

Analista arguto, foi quem melhor compreendeu o alcance e os intentos dos homens da chamada Geração de 70, que bem caracterizou em alguns dos seus escritos.
A sua obra dispersa foi coligida em antologias por Vitorino Nemésio (Ensaios de Crítica, 1944) e por José Adjuto Castelo-Branco Chaves (Estudos dispersos, 1963).

Fiel ao europeísmo das correntes intelectuais do seu tempo, Moniz Barreto estudou com igual interesse não só autores portugueses mas também estrangeiros (como Taine, talvez a sua maior influência teórica), e por isso, hoje, a Imprensa Nacional ultima uma nova edição das suas obras, refundindo as duas edições anteriores segundo novos critérios.

Cortesia de leilões
Cortesia de wikipédia/JDACT