terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ofícios antigos na Lisboa do século XXI: «Nasceu da vontade de confrontar a pós-modernidade da era global com a vida quotidiana de alguns antigos ofícios escondidos aos olhos de muitas pessoas»

Cortesia de theportfolioproject  

Com a devida vénia a João Cláudio Fernandes.

«Lisboa. Cidade marcada por inúmeras culturas e povos. Nela nasceram homens simples e de cultura, ciência, política e até santos. Em cada tempo deixaram uma marca. E a baixa lisboeta é um destes locais que espelha esta actividade humana. Nela labutaram e viveram correeiros, sapateiros, douradores e fanqueiros. Hoje esta zona vive dois ritmos. O dia que enche a baixa de turistas, de pessoas que trabalham no pequeno comércio ou escritórios e dos que a atravessam para ir para a outra margem. E a noite que traz a solidão, adormecendo a cidade e esvaziando os espaços.
A evolução tecnológica abriu portas para o nascimento de novos ofícios e novos conhecimentos e relegou para segundo plano profissões que faziam parte natural da nossa existência. Agora, estas mesmas profissões, quase apagadas das nossas memórias, são apenas recordadas de tempos a tempos.

«Antigos ofícios na Lisboa do século XXI» nasceu da vontade de confrontar a pós-modernidade da era global com a vida quotidiana de alguns antigos ofícios escondidos aos olhos de muitas pessoas. É que a vida, a cultura e as dinâmicas subjacentes a estes ofícios não se encontram facilmente no cibermundo informático.

Assim, numa perspectiva documental e fotojornalística procurei captar em imagem e captar na lembrança 5 ofícios que ainda fazem parte do dia-à-dia desta cidade:
  • a Conserveira,
  • a Alfarrabista,
  • o Sapateiro,
  • a Retroseira,
  • o Amolador.
A reportagem abre-nos portas para uma viagem no tempo e no espaço, na Lisboa do século XXI, onde ainda é possível viver e conviver com o passado, a cultura e a história desta cidade». In Ofícios antigos na Lisboa do século XXI, João Cláudio Fernandes.

A Conserveira

Alfarrabista

Sapateiro

Retrosaria

Amolador 
Fotos de João C. Fernandes
Cortesia de João Cláudio Fernandes 

Cortesia de The Portfolio Project/JDACT