A Pedra do Paraíso. Doadora de Vida
«(…) Porém, o mfkzt
certamente melhorou suas vidas de algum modo e muito provavelmente estendeu a sua
expectativa de vida para além do comum. A esse respeito, ele é similar à
enigmática Fonte da Juventude dos romances populares da Idade Média. Com esse
conceito presente, a lógica da associação de Hathor com o Templo de Serâbit se
torna clara, pois ela própria era vista como doadora de vida. Para os egípcios,
Hathor representava a deusa babilónica Ishtar e tinha atributos de maternidade
similares aos de Ísis, a Grande Mãe. Hathor era definida como Rainha do Oeste e
Senhora do Mundo Subterrâneo, para onde se dizia que ela carregava aqueles que
conheciam os feitiços certos. Ela era a venerada protectora das mulheres, a
dama do sicómoro; a dama da turquesa, deusa do amor, dos túmulos e da canção.
Era do leite de Hathor que os faraós supostamente ganhavam a sua divindade,
tornando-se eles próprios deuses. Diziam que eles se alimentavam do leite de
Hathor, assim como os reis babilónicos se alimentavam do leite de Ishtar.
Aparentemente, como o leite de
mães naturais contém a enzima telomerase (a recentemente chamada enzima
da imortalidade), o mfkzt (o leite simbólico de Hathor) devia, de alguma
maneira, aumentar a produção dessa enzima. De facto, cientistas modernos descreveram
a telomerase como a fonte da juventude. Como relatado na revista Science, junto
com relatos de estudos da equipa e os do Centro Médico Sudoeste da Universidade
do Texas, determinou-se que a telomerase possui raras propriedades
antienvelhecimento. Células corporais saudáveis são programadas para se dividir
muitas vezes durante a vida, mas esse processo de divisão e replicação é
finito, de forma que um estado de não-divisão acaba por ser atingido. O
potencial de divisão é controlado por borlas no final dos cordões de DNA (como
as pontas de plástico em cadarços de ténis); essas borlas são os telómeros.
Quando cada célula se divide, um pedaço de telómero se perde. O processo de
divisão cessa quando os telómeros se reduzem a um comprimento óptimo e crítico.
Não
há replicação de novas células e tudo o que se segue é a deterioração, o
envelhecimento. Experiências de laboratório com amostras de tecido provaram que
a aplicação da enzima genética telomerase pode prevenir o encurtamento dos telómeros
quando da divisão e da replicação das células. Dessa forma, as células podem
continuar a se dividir muito além de sua programação naturalmente restrita
(assim como células cancerosas, que conseguem a imortalidade por serem ricas
nessa substância). A telomerase não aparece normalmente em tecido corporal
normal, mas, além de estar presente em tumores malignos, também é aparente em
células reprodutivas masculinas maduras e femininas em desenvolvimento. Parece,
portanto, que em algum lugar dentro de nossa estrutura de DNA (presumivelmente
no que comumente se chama junk DNA) está a habilidade genética de produzir essa
enzima anti-envelhecimento, mas o potencial de alguma forma foi desviado. Como
recentemente mencionado por Robert F. Newbold, do Departamento de Biologia e
Bioquímica da Universidade Brunel, de Londres, o isolamento (clonagem
molecular) desse gene possibilitará a determinação de sua delicada integridade
estrutural numa ampla variedade de doenças humanas malignas; portanto, possibilita
o estabelecimento de seu papel como alvo importante na desaceleração no desenvolvimento
do câncer humano». In Laurence Gardner, Os
Segredos Perdidos da Arca Sagrada, Editora Madras, 2004, ISBN-978-857-374-901-4.
Cortesia de EMadas/JDACT
JDACT, Esoterismo, Laurence Gardner, Religião, Cultura e Conhecimento,