Menino das Laranjas
«Menino
que vai pra feira
Vender
sua laranja até se acabar
Filho
de mãe solteira
Cuja
ignorância tem que sustentar
É
madrugada, vai sentindo frio
Porque
se o cesto não voltar vazio
A
mãe já arranja um outro pra laranja
Esse
filho vai ter que apanhar
Compra
laranja menino e vai pra feira
É
madrugada, vai sentindo frio
Porque
se o cesto não voltar vazio
A
mãe já arranja um outro pra laranja
Esse
filho vai ter que apanhar
Compra
laranja, laranja, laranja, doutor
Ainda
dou uma de quebra pro senhor!
Lá,
no morro, a gente acorda cedo
E
é só trabalhar
E
comida é pouca e muita roupa
Que
a cidade manda pra lavar
De
madrugada, ele, menino, acorda cedo
Tentando
encontrar
Um
pouco pra poder viver até crescer
E
a vida melhorar
Compra
laranja, doutor
Ainda
dou uma de quebra pro senhor!
Compra
laranja, doutor
Ainda
dou uma de quebra pro senhor!
Compra
laranja, laranja, laranja, doutor
Ainda
dou uma de quebra pro senhor!
Lá,
no morro, a gente acorda cedo
E
é só trabalhar
Comida
é pouca e muita roupa
Que
a cidade manda pra lavar
De
madrugada, ele, menino, acorda cedo
Tentando
encontrar
Um
pouco pra poder viver até crescer
E
a vida melhorar
Compra
laranja, doutor
Ainda
dou uma de quebra p’ro senhor!
Compra
laranja, doutor
Ainda
dou uma de quebra pro senhor!
Ainda
dou uma de quebra pro senhor!
Compra
laranja doutor, que eu dou uma
de
quebra pro senhor, seu doutor!
Compra
laranja doutor, seu doutor!»
Poema de Gil Gilberto / Campos Dos Santos
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