(1920-1993)
Cortesia RTP
Francisco José de Sousa Tavares foi um reconhecido advogado, jornalista e político português.
Foi casado com a poetisa Sophia de Mello Breyner. Era conhecido como um monárquico democrata e um activista opositor ao regime do Estado Novo. A partir de 1974 foi deputado pelo Partido Socialista e pelo Partido Social Democrata. Em 1983, ocupou o cargo de Ministro da Qualidade de Vida no IX Governo Constitucional do Bloco Central, dirigido por Mário Soares.
Foi um dos contactos civis dos militares que em 1959 intentaram contra o regime, naquela que ficou conhecida como a Revolta da Sé . No dia 25 de Abril de 1974, o país conheceu-o através de imagens que ficaram célebres. Do alto de uma guarita e através de um megafone foi o primeiro político a falar à população que no Largo do Carmo, acompanhando as operações militares comandadas por Fernando Salgueiro Maia, aguardando a rendição de Marcello Caetano.
«Povo português, vivemos um momento histórico como desde os dias de 1640 não se vive: é a libertação da Pátria!»
Falar de Sousa Tavares é recordar um advogado invulgar, um homem de carácter e um político desassombrado. Francisco Sousa Tavares, não é ma personalidade muito conhecida, mas fui um homem que merece ser estudado, recordado e até continuado. Era um homem destemido, de verbo fácil e certeiro.
Foi activista da juventude católica e fundou o Centro Nacional de Cultura, onde criou um jornal universitário. Participou, em 1958, activamente, na campanha presidencial de Humberto Delgado, o que lhe valeu a expulsão da Função Pública. Em 1947, recusou ser candidato a deputado á Assembleia Nacional e ao cargo de Governador Civil de Castelo Branco.
Foi activista da juventude católica e fundou o Centro Nacional de Cultura, onde criou um jornal universitário. Participou, em 1958, activamente, na campanha presidencial de Humberto Delgado, o que lhe valeu a expulsão da Função Pública. Em 1947, recusou ser candidato a deputado á Assembleia Nacional e ao cargo de Governador Civil de Castelo Branco.
Era forte opositor à guerra colonial e, como advogado defendeu muitos oposicionistas, particularmente militantes comunistas na «barra» dos tribunais.Foi o advogado do célebre assalto ao banco da Figueira da Foz.
Com a revolução de Abril aderiu, em 1974 ao PS. Tempos depois, desiludido, abandonou o partido, quando da criação do PDR ainda andou ás voltas deste partido, mas em 1981, aderiu ao PSD, participou na direcção deste partido e em seu nome foi Ministro da Qualidade de Vida.
Sousa Tavares, devido à sua personalidade e escritos truculentos, no meio jornalístico tinha alguns epítetos. No entanto, como muitos afirmaram em alta voz, era uma tempestade emocional num grande e nobre coração. Antes quebrar que torcer!
Morreu aos 72 anos de idade.
RTP/Jornal da Trofa/JDACT
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