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O Museu Guggenheim, situado na cidade basca de Bilbau é um dos cinco museus pertencentes à Fundação Solomon R. Guggenheim no mundo. Projectado pelo arquiteto norte-americano Frank Gehry é um dos locais mais visitados de Espanha. O projecto fez parte de um esforço para revitalizar a cidade de Bilbau. O museu é coberto por superfícies de titânio curvadas em vários pontos, que lembram escamas de um peixe, mostrando a influência das formas orgânicas presentes em muitos trabalhos de Gehry. Do átrio central, que tem 50 metros de altura e lembra uma flor cheia de curvas, saem corredores para os três níveis de galerias. Visto do rio, o edifício parece ter a forma de um barco, homenageando a cidade portuária de Bilbau.
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«A primeira ideia da Fundação Guggenheim para a implantação de um museu na cidade de Bilbau consistia na adaptação de um antigo armazém de vinho com 28 000 m2, construído nos princípios do século. Em 1991 confrontam o arquitecto Frank Gehry com esta intenção que, após viagem a Bilbau, aconselha a transferir a sua localização para junto da ria. Procedeu-se então à compra de um terreno industrial junto à ria e à ponte de La Seve. No ano seguinte foi aberto concurso de arquitectura para o qual foram convidadas três equipas: uma europeia, a vienense Coop Himmelblau, uma americana, coordenada por Frank Gehry e uma asiática, liderada pelo japonês Arata Isozaki.
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A intenção fundamental da Fundação era que este edifício transmitisse uma forte identidade icónica por forma a atrair, pelas suas qualidades arquitectónicas, um público específico, tal como se verificava com o museu nova-iorquino, desenhado por Frank Lloyd Wright. A partir deste pressuposto, e procurando evitar a solução do grande contentor neutro e universal, o júri escolheu a proposta de Frank Gehry, caracterizada pela caprichosa forma escultórica, por materiais de revestimento brilhantes e pela orgânica integração da ponte vizinha e da frente urbana com a plataforma ribeirinha que estava numa cota inferior.
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A solução de Gehry apresentava uma longa forma orgânica dinamizada por um conjunto de lanternins com imagem de velas que reproduzem o efeito dum casco de barco. A densa sobreposição e intersecção de formas com contornos curvos é acentuada pelo revestimento com um material reluzente e raro, bastante utilizado na indústria aeronáutica, o titânio. Esta pele em escamas alterna com placagem de pedra que se prolonga para os espaços interiores. O corpo central onde convergem todos os volumes, inicialmente em forma de flor, transformou-se numa torre de luz e de distribuição espacial que, pela sua verticalidade se opunha à grande sala de exposição que continha longos lanternins para entrada de luz zenital. Para além das longas salas de exposição do piso térreo, o museu possui um núcleo de galerias de exposição em solução clássica.
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Os trabalhos de construção foram iniciados a 22 de Outubro de 1993, sendo o museu inaugurado a 19 de Outubro de 1997. O edifício implanta-se num terreno de 32 700 m2 e tem 28 000 m2 de área de construção. Para além dos espaços expositivos contém um auditório, biblioteca, oficinas, livraria e loja, restaurante e cafetaria. Constituindo um dos momentos mais interessantes da obra de Gehry, o Guggenheim culmina uma série de pesquisas formais no sentido de criar uma linguagem escultórica, fragmentária e curvilínea. Estas formas distorcidas recordam as formas de concha do teatro da Ópera de Sydney, de Jorn Utzon, e o projecto do próprio Gehry para o Museu Frederich R. Weisman em Mineápolis.
Para Bilbau este equipamento representa o início da renovação da vasta área industrial que acompanha a margem do rio Nervión». In Museu Guggenheim de Bilbau. Infopédia. Porto, Porto Editora, 2003-2010. www: .
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