quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Fundação Oriente. Carlos "Zíngaro" e Luo Chao-Yun. Dia 23 de Setembro. «A partilha das tradições de que provêm, as do Oriente e do Ocidente, as eruditas e populares, e a aplicação concertada de novas técnicas e linguagens»

Cortesia de foriente

Luo Chao-Yun (pipa) e Carlos “Zingaro” (violino). Auditório. 21h30
«Neste seu primeiro encontro, Luo Chao-Yun e Carlos "Zíngaro" têm como desafio a partilha das tradições de que provêm, as do Oriente e do Ocidente, as eruditas e populares, e a aplicação concertada de novas técnicas e linguagens. Juntam-se os dois lados do mundo no espaço de um palco e ainda a memória do passado com a invenção do futuro.
Natural de Taiwan, mas com formação no Conservatório Central de Música de Beijing, Luo Chao-Yun vem utilizando o alaúde chinês (pipa) no contexto da improvisação. O seu percurso passou já por colaborações com músicos como John Russell, Veryan Weston, John Butcher, Lol Coxhill, Hannah Marshall, Pat Thomas, John Edwards, Ab Baars, Marcio Mattos, Audrey Chen e Phil Minton, entre muitos outros.

Cortesia de paulnoll




Sempre tendo como ponto de partida a tradição do seu país, desenvolveu técnicas e um léxico que vão muito para além dos usos convencionais do instrumento. Por isso mesmo, a crítica elogia-lhe a forma como transforma esse cordofone em toda uma orquestra, tal a quantidade de recursos que aplica e o virtuosismo das suas execuções. Agora, encontra-se com o violinista português Carlos "Zíngaro", uma das mais importantes figuras da cena internacional da música improvisada. Com estudos clássicos que incluíram o órgão de igreja, "Zíngaro" foi um pioneiro do free jazz, do rock psicadélico e da electrónica "live" em Portugal. Em palco ou em disco, tocou com improvisadores tão diversos como Joelle Léandre, Richard Teitelbaum, Steve Lacy, Evan Parker, Peter Kowald, Derek Bailey, Barre Phillips, Louis Sclavis, Ken Vandermark, Mats Gustafsson, Otomo Yoshihide e Norbert Moslang. Referenciada em John Cage, Jimi Hendrix e Ornette Coleman, a sua abordagem tem mais a ver com as respirações e o corpo sonoro dos instrumentos de sopro do que com a história do violino. Esta, no entanto, faz-se sentir no que ficou no músico da sua predilecção por Paganini, Bela Bartok e Shostakovich.
Co-organização Fundação Oriente/Granular». In Fundação Oriente.

Cortesia da Fundação Oriente/JDACT