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No Claustro de Celas
«(…)
Eis quanto resta do idílio acabado,
Primavera
que durou um momento...
Como
vão longe as manhãs do convento!
Do
alegre conventinho abandonado...
Tudo
acabou... Anêmonas, hidrângeas,
Silindras,
flores tão nossas amigas!
No
claustro agora viçam as ortigas,
Rojam-se
cobras pelas velhas lájeas.
Sobre
a inscrição do teu nome delido!
Que
os meus olhos mal podem soletrar,
Cansados...
E o aroma fenecido
Que se evola do teu nome vulgar!
Enobreceu-o
a quietação do olvido,
Ó
doce, ingénua, inscrição tumular».
Soneto de Camilo Pessanha, Coimbra
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Camilo Pessanha, Poesia, JDACT, Clepsidra,