segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Alfredo Roque Gameiro. Pintor. A casa da Venteira: «A base doméstica e oficinal para toda esta escola de aguarela e gravura, durante o primeiro quarto de século. É ela própria, enquanto arquitectura, uma digna, e isolada, representante do que poderíamos designar por movimento da "Casa Portuguesa"»

(1864-1935)
Minde
Cortesia de casamuseuroquegameiro

«A história desta casa é pitoresca, plena de acidentes de percurso e de actos com significado artístico e cultural. Edificada em 1898 pelo artista, pintor, gravador e aguarelista que lhe deu o nome, foi a casa da família Roque Gameiro até às décadas de 1920-30, quando a suburbanização crescente da área envolvente lhe fez começar a perder o sentido bucólico e o ambiente de “Casa de Campo”.
Roque Gameiro foi eminente artista gravador, frequentou um curso de litografia em Leipzig, década de 1880 e aplicou-se depois como ilustrador na História de Portugal de Pinheiro Chagas, 1898, nos quadros da História de Portugal, 1915, e na Lisboa Velha prefaciada por Afonso Lopes Vieira, 1925.
Além da produção própria, Gameiro educou toda uma família de filhos-artistas, pintores ou gravadores:
  • Raquel Ottolini;
  • Helena Leitão de Barros;
  • Manuel, e dos mais novos, Mámia Martins Barata;
  • Rui Gameiro.
A casa da Venteira foi a base doméstica e oficinal para toda esta escola de aguarela e gravura, durante o primeiro quarto de século. É ela própria, enquanto arquitectura, uma digna, e isolada, representante do que poderíamos designar por movimento da «Casa Portuguesa», inserido no quadro mais geral da tendência nacionalista da chamada “geração de 1890”, reagente ao tempo do «Ultimatum» e aos problemas específicos da nossa vida cultural». In José Manuel Fernandes, Casa de Roque Gameiro.


Cortesia de casamuseuroquegameiro

Cortesia de Casa Museu/JDACT