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A imensa figura de Victor Hugo abraçou fortemente o vasto panorama político e social da França durante grande parte do século XIX. Participou activamente na evolução política desta época agitada e converteu-se num grande símbolo republicano.
A personalidade de Victor Hugo viveu um intenso processo de compromisso político e social, que evoluiu desde a sua herdada posição conservadora até à sua conquista de porta-bandeira da denúncia social. Neste sentido, criticou duramente a desigualdade social, e também a pena de morte e a guerra. Deste modo, chegou a ser um ícone da III República Francesa.
Do conservadorismo ao reformismo
Na sua juventude, Victor Hugo optou pela linha política do seu admirado Chateaubriand. Esteve próximo do partido Conservador e, durante a Restauração, apoiou Carlos X. Na revolução de 1848, enquanto par de França, começou por defender a monarquia. Uma vez proclamada a República, nas eleições de Abril foi eleito em Paris pelo partido Conservador:
- votou a lei do 9 de Agosto, que suspendia alguns jornais republicanos;
- apoiou a candidatura de Bonaparte às presidenciais de 1848;
- a sua oposição ao princípio da assembleia legislativa única levou-o a não aprovar a Constituição desse ano.
Foi no Verão de 1849 que se afastou da maioria conservadora, recusando a sua política reaccionária:
- combateu a lei Falloux, que favorecia a Igreja Católica:
- combateu a lei que restringia o sufrágio universal (em Maio);
- combateu e interveio contra a lei Rouher, que limitava a liberdade de imprensa (em Julho);
- opôs-se à lei que propunha a revisão da Constituição para permitir a reeleição de Bonaparte, em Julho de 1851;
- redigiu um apelo à resistência armada, juntamente com cerca de 60 representantes, (golpe de estado de 2 de Dezembro de 1851;
- perseguido, conseguiu "passar" para a Bélgica a 14 de Dezembro. Foi o começo de um longo exílio.
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Os combates sociais
Reformista como foi, Hugo quis transformar a sociedade. Apesar de justificar o enriquecimento, denunciou violentamente o sistema de desigualdade social. Assim, a elite burguesa não lhe perdoou. Da mesma maneira, opôs-se à violência quando exercida contra um poder democrático, mas justificou-a, conforme a Declaração dos Direitos Humanos.
Quando à guerra Franco-Prussiana, Victor Hugo condenou-a:
- «guerra de capricho e não de liberdade».
Posteriormente, o povo de Paris não aceitou a derrota e a Comuna começou a 18 de Março. Levantaram-se ao alto "Os Castigos"». In Wikipédia e História Universal.
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