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A
Rosa
«Tu,
flor de Vénus,
Corada
Rosa,
Leda,
fragrante,
Pura,
mimosa.
Tu,
que envergonhas
As
outras flores,
Tens
menos graça
Que
os meus amores.
Tanto
ao diurno
Sol
coruscante
Cede
a nocturna
Lua
inconstante.
Quanto
a Marília
Té
na pureza
Tu,
que és o mimo
Da
Natureza.
O buliçoso,
Cândido
Amor
Pôs-lhe
nas faces
Mais
viva cor.
Tu
tens agudos
Cruéis
espinhos,
Ela
suaves
Brandos
carinhos.
Tu
não percebes
Ternos
desejos,
Em
vão Favónio
Te
dá mil beijos.
Marília
bela
Sente,
respira,
Meus
doces versos
Ouve
e suspira.
A mãe
das flores,
A Primavera,
Fica
vaidosa
Quando
te gera.
Porém
Marília
No
mago riso
Traz
as delícias
Do
Paraíso.
Amor
que diga
Qual
é mais bela,
Qual
é mais pura,
Se
tu, ou ela.
Que
diga Vénus…
Ela
aí vem…
Ai!
Enganei-me,
Que
é o meu bem».
Poema de Bocage, in “A Rosa, canconeta anacreôntica”
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