terça-feira, 27 de maio de 2014

A Revelação dos Templários. Lynn Picknet e Clive Prince. «De início, tão incrível quanto possa parecer, o Sudário de Turim ‘é uma fotografia’. Em resumo, o Sudário de Turim é, entre outras coisas, uma fotografia de cinco anos de não outro que Leonardo da Vinci»

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«(…) E os outros trabalhos de Leonardo, temos descoberto, ressaltam suas próprias obsessões heréticas embora cuidadosamente aplicadas na formação consistente de imagens, algo que não aconteceria se o artista fosse um ateu meramente engajado em ganhar a sua vida. Estas desnecessárias inclusões e símbolos também são muito, muito mais do que uma resposta céptica satírica a uma tal comissão; eles não são apenas o equivalente de aderir um nariz vermelho a São Pedro, por exemplo. O que estamos olhando na Última Ceia e seus outros trabalhos é o código secreto de Leonardo da Vinci, que acreditamos ter uma surpreendente relevância para o mundo hoje. Pode ser argumentado que seja o que for que Leonardo acreditou ou não acreditou, isto era meramente o ponto fraco de um homem, e um homem notoriamente estranho, um em cuja história encontramos infindáveis paradoxos. Ele pode ter sido um solitário, mas ele era também a vida e alma do grupo; ele desprezava os previsores da fortuna, mas suas narrativas listam dinheiros pagos a astrólogos; ele era um vegetariano a amante de animais mas sua ternura raramente se estendia à humanidade. Ele obcessivamente dissecava cadáveres e observava execuções com os olhos de um anatomista. Ele era um profundo pensador e mestre de enigmas, conjurando truques e farsas. Dado uma tal visão geral complexa, talvez fosse de se esperar que as suas opiniões pessoais sobre religião e filosofia fossem não usuais, até mesmo excêntricas. Apenas por esta razão, pode ser tentador descartar suas crenças heréticas como irrelevantes hoje. Conquanto seja geralmente admitido que Leonardo era enormemente dotado, a tendência moderna ao epoquismo arrogante busca indeterminar as suas obtenções. Afinal, quando ele estava no seu florescimento, até mesmo a técnica da impressão era uma novidade. O que poderia um tal inventor solitário em tal tempo primitivo possivelmente ter a oferecer a um mundo que é infindavelmente informado pela Net, e que pode, numa questão de segundos, se comunicar por telefone ou máquina de fax com pessoas em continentes que nem mesmo foram descobertos nos dias dele?
Há duas respostas a isso. A primeira é a de que Leonardo não foi, para usar um paradoxo, um génio comum. Embora a maioria das pessoas saiba que ele projectou máquinas voadoras e primitivos tanques militares, algumas de suas invenções eram tão improváveis nos seus dias quando aquelas de um virada mental mais caprichosa tem até mesmo sugerido que ele possa realmente ter tido visões do futuro. Seus projectos para uma bicicleta, por exemplo, apenas vieram a luz em 1960. Diferente dos dolorosos estágios de tentativa e erro no desenvolvimento da inicial bicicleta vitoriana, contudo, o traçador de estrada de da Vinci tinha duas rodas e igual tamanho e um mecanismo de cadeia e engrenagem. Mas até mesmo mais fascinante do que o projecto actual, está a possível razão porque ele pode ter inventado uma bicicleta em primeiro lugar. Para um homem que sempre havia querido voar como os pássaros, mas tendo um desejo motor para pedalar ao longo em estradas menos do que perfeitas, precariamente equilibrado em duas rodas, é completamente surpreendente. (e não é, diferente de voar, uma figura em qualquer fábula clássica). Leonardo também previu o telefone, entre muitas outras afirmações futurísticas pela fama. Se Leonardo era algo mais do que um génio, do que os livros de história o permitem, há ainda a questão como o possível conhecimento que ele poderia ter tido, se impingiria de um modo significativo ou disseminado cinco séculos depois que ele viveu.
Conquanto possa ser argumentado que os ensinamentos de um rabino do século I possam ser esperados terem até mesmo menos relevância para nosso tempo e lugar, também é verdade que algumas ideias são universais e eternas, e que a verdade, se ela pode ser encontrada ou definida, nunca é essencialmente indeterminada pela passagem dos séculos. Contudo não foi a filosofia ou a arte de Leonardo que primeiramente nos atraiu até ele. Foi seu trabalho mais paradoxal, aquele que é ao mesmo tempo incrivelmente famoso e menos conhecido, que motivou nossa pesquisa intensiva sobre Leonardo. Como descrito em detalhes no nosso último livro, descobrimos que ele foi o mestre que falsificou o famoso Sudário de Turim, que há muito tinha sido acreditado ter sido impresso com a imagem de Jesus ao tempo de sua morte. Em 1988 a datação por carbono provou ser ele um artefacto do final dos tempos medievais ou início da Renascença, mas para nós, ele permaneceu uma imagem verdadeiramente notável, para dizer o mínimo. Principal em nossas mentes estava a questão da identidade do fraudador, porque seja quem fosse que tenha criado esta relíquia, tinha que ser um génio.
O Sudário de Turim, como toda a literatura reconhece, a favor e contra a sua autenticidade, se comporta como uma fotografia. Ele exibe um curioso efeito negativo o que significa que se parece como uma vaga marca de queimadura ao olho nu, mas pode ser visto em bons detalhes no negativo fotográfico. Porque nenhuma pintura conhecida ou impressão por riscar se comporta desta maneira, o efeito negativo tem sido tomado pelos crentes no Sudário como sendo a prova das qualidades miraculosas da imagem. Contudo, descobrimos que a imagem no Sudário de Turim se comporta como uma fotografia precisamente porque é isso que ela é. De início, tão incrível quanto possa parecer, o Sudário de Turim é uma fotografia. Nós, juntamente com Keith Prince, reconstruimos o que acreditamos ser a técnica original e ao fazer isso se tornou claro que a primeira pessoa até mesmo replicou todas as caracteristicas até então inexplicadas do Sudário. E a despeito das afirmações dos crentes no Sudário que isso era impossível, nós o fizemos usando um equipamento extremamente básico. Usamos uma câmara escura, uma roupa quimicamente coberta, tratada com materiais prontamente disponíveis no século XV, e grandes doses de luz. Contudo, o sujeito experimental de nossa fotografia era um busto de gesso de uma menina, que estava desapontadamente anos luz longe do modelo original. Porque embora a face no Sudário não fosse, como tem sido amplamente afirmado, aquela de Jesus, ela era de facto a face do próprio fraudador. Em resumo, o Sudário de Turim é, entre outras coisas, uma fotografia de cinco anos de não outro que Leonardo da Vinci». In Lynn Picknet e Clive Prince, A Revelação dos Templários, Narrativa, Editora Planeta, 2006, ISBN 857-6651-75-0.

Cortesia de Planeta/JDACT