Cortesia de aldeiasdemagaio
A aldeia do Fujaco é uma localidade portuguesa que faz parte do concelho de São Pedro do Sul e distrito de Viseu. Tem cerca de 30 a 50 habitantes.
A aldeia situa-se numa encosta da Serra da Arada, serra esta onde também se situa o Monte de São Macário com 1052 metros de altitude. As habitações possuem as tradicionais paredes de xisto e tecto coberto com lousa. Os habitantes dedicam-se, sobretudo, à agricultura, milho, batata, feijão, vinha, à criação de gado, ovelhas e cabras e também à apicultura.
A flora é constituída por castanheiros, oliveiras, pinheiros, sobreiros, urzes e giestas. A fauna compõe-se, sobretudo, por javalis, raposas, doninhas, fuinhas, águias e pequenos roedores.
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A população desta aldeia típica tem vindo a diminuir ao longo dos últimos anos pois os mais jovens emigraram para o estrangeiro ou para as zonas litorais à procura de melhores condições de vida, regressando à sua terra, sobretudo, durante as épocas festivas para reviver o passado e se reencontrarem com os seus conterrâneos.
As festas do Fujaco em honra da Nossa Senhora dos Remédios realizam-se a 8 de Setembro.
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«Não há grandes certezas quanto à origem do nome da aldeia do Fujaco, no entanto, existe uma história que os habitantes contam sobre tal origem. Reza essa história que ali bem perto do Fujaco se travou, há muitos anos, uma guerra. Da frente da batalha desertou um homem que se escondeu debaixo de uma fraga. Para não adormecer não ser surpreendido pelos lobos, fazia renda. Entretanto, casou e construiu família e assim nasceu a povoação. O nome da aldeia vem precisamente de fujão, referindo-se ao homem que fugiu. Também pode ter a sua origem, dando um segundo sentido, no sítio para onde se esconde o fujão.
No fundo de um vale, rodeado por enormes montes cobertos na sua maioria por vegetação rasteira, ergue-se um punhado de casas. Casas pequeninas com uma particularidade em comum, os telhados são feitos de grandes laminas de xisto.
Há uns tempos atrás não havia meio de chegar a esta localidade, a não ser pelos estreitos carreiros, actualmente tem uma estrada alcatroada. Podemos também encontrar nesta aldeia nascentes de água, as fontes Cimeiras, os Sarzedos são exemplos de nascentes que alimentam os moinhos e o ribeiro do Fujaco. Existe uma série de moinhos que se estendem pelo monte, ligados entre si por levas de água que corre a grande velocidade.
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No alto de um monte, consegue-se ver a Escola, recentemente reconstruída para albergar a associação local, e, em frente, a capelinha de Nossa Senhora dos Remédios. O gado mais abundante nesta aldeia é o ovino e caprino. É interessante a maneira como estes animais são criados. Os cabritos e os cordeiros não saem do curral ou, então, são levados para os ervados onde a erva é mais tenra. Os animais mais desenvolvidos são reunidos todos os dias e entregues a um habitante da aldeia, que os leva até ao cimo dos montes para pastarem. A função de pastor é rotativa, isto é, cada dia vai uma pessoa com os seus animais e dos vizinhos; corre a vez a todos.
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As pastagens, embora com um proprietário, são comuns. Situam-se geralmente no alto dos montes.
Á tardinha, na hora de recolher, as ovelhas e as cabras descem das alturas e voltam sozinhas aos currais. O leite destes animais não é utilizado senão para a alimentação das crias». In aldeiasdemagaio.
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Cortesia da CMSão Pedro do Sul/JDACT