Cortesia da CMÁgueda
O Pelourinho de Assequins situa-se em Águeda, Portugal, e consta que teria dois degraus e era rematado por uma pequena bandeira de ferro. Resta apenas o fuste redondo e não octogonal como vem mencionado no «Património Classificado» do IPPAR, que acrescenta «plinto paralelepipédico e capitel decorado com o escudo nacional». O que resta do pelourinho esteve junto a um chafariz na bifurcação da estrada para Gisteira. Em 1950 já se encontrava sem capitel.
O pelourinho está classificado pelo IPPAR como Imóvel de Interesse Público segundo o Decreto N.º 23122 de 11-10-1933.
Segundo Alexandre Herculano e Teófilo Braga, os pelourinhos tiveram origem na columna moenia romana que distinguia com certos privilégios, as cidades que os possuiam. Os pelourinhos normalmente são constituídos por uma base sobre a qual assenta uma coluna ou fuste e terminam por um capitel. Nalguns pelourinhos, em vez da base construída pelo homem, eram aproveitados afloramentos naturais.
Consoante o remate do pelourinho, estes podem classificar-se em:
- Pelourinhos de gaiola;
- Pelourinhos de roca;
- Pelourinhos de pinha;
- Pelourinhos de coluço (gaiola fechada);
- Pelourinhos de tabuleiro (gaiola com colunelos);
- Pelourinhos de chaparasa;
- Pelorinho de coruchéu;
- Pelourinhos de bola;
- Pelourinhos tipo bragançano;
- Pelourinhos extravagantes (de características invulgares).
«Assequins, hoje um localidade do Concelho de Águeda, terá sido concelho medieval de importância considerável, que incluía parte dos arrabaldes da actual cidade. A primeira referência a este antiquíssimo território data de 1050, e consta da relação de propriedades rústicas que o prócere Gonçalo Viegas e D. Châmoa fizeram em 1050, destinada a deduzir direitos sobre um extenso conjunto de terras. Não é conhecido foral próprio a Assequins, embora o Livro dos Actos da Câmara da então vila mencione que este datava de 1514 (E. B. de Ataíde MALAFAIA, 1997, p. 453). Seja como for, foi levantado pelourinho em data incerta, mas provavelmente não muito distante do ano acima citado.
Cortesia da CMÁgueda
Este monumento, embora sucessivamente truncado, encontrava-se até finais do século XX junto a um chafariz público, nas proximidades dos antigos Paços do Concelho, no cruzamento da Rua do Cabo com a estrada para Giesteira. O soco poderá ter desaparecido em 1930, quando o chafariz sofreu obras de reconstrução por iniciativa camarária. O capitel era dado como desaparecido em finais da década de 50, e o fuste foi finalmente derrubado c. 1993, quando foi recolhido e guardado pela Junta de Freguesia local. A base ficou no local, a servir de degrau do chafariz, ainda durante alguns anos, até ter sido identificada e recolhida pela Câmara Municipal, em 1999. O capitel esteve, com conhecimento da autarquia, na posse de um particular desde meados dos anos 60, e foi recentemente recolhido pela Junta.
As peças existentes não foram ainda reunidas, já que a sua posse se divide entre a Junta de Freguesia e a Câmara. Na Junta estão, como foi dito antes, a coluna e o capitel, e na Câmara a base. A coluna é de fuste liso, cilíndrico, com cerca de dois metros de altura e com ligeira entasis, e o capitel, que é igualmente o remate do pelourinho, é composto por um bloco prismático, decorado com o escudo nacional numa das faces, e rematado por uma peça cúbica mais pequena. A base resume-se a um plinto paralelepipédico». In IGESPAR, SML
Cortesia da CMÁgueda/IGESPAR/JDACT