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À
meia noite ao luar
Alexandre
Rezende«À meia noite ao luar
vai pelas ruas a cantar
o boémio sonhador
e a recata donzela
de mansinho, abre a janela
à doce canção de amor.
Ai
como é belo à luz da lua
ouvir-se
um fado em plena rua o cantador apaixonado
trinando as cordas a cantar o fado.
Dão-se
as doze badaladas
ao
ouvir-se as guitarradas surge o luar que é de prata
e a recatada donzela
de mansinho abre a janela
vem ouvir a serenata».
Adeus
à Sé velha
«Sentes que um tempo acabouPrimavera de flor adormecida
qualquer coisa que não volta, que voou
que foi um rio, um ar na tua vida
E levas em ti guardado
o choro de uma balada
recordações do passado
o bater da velha cabra
Capa negra de saudade
no momento da partidasegredos desta cidade
levo comigo p' ra vida
Sabes que o desenho do adeus
é fogo que nos queima devagare no lento cerrar dos olhos teus
fica a esperança de um dia aqui voltar
E levas em ti guardado
o choro de uma balada
recordações do passado
o bater da velha cabra
Capa negra de saudade
no momento da partidasegredos desta cidade
levo comigo p' ra vida».
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