Aquele Continente Encantado nos Céus, Terra de Eterno Mistério! Gostaria de ver aquela terra além do Pólo (Norte). Aquela área além do Pólo é o Centro do Grande Desconhecido! In Richard Byrd
A Descoberta do almirante Byrd
«(…) Comentando as declarações de
Giannini, a respeito da impossibilidade de seguir directo ao norte, sobre o
Pólo Norte, alcançando o outro lado do mundo, o que aconteceria se a Terra
fosse convexa e não côncava nos Pólos, escreve Palmer, na sua revista Flying
Saucers: Muitos leitores afirmam
que os voos comerciais continuamente cruzam o Pólo e voam para o lado oposto da
Terra. Isto não é verdade, embora os funcionários das empresas aéreas, quando
perguntados, possam dizer que o seja. Eles fazem manobras de navegação que, em
todos os casos, eliminam automaticamente um voo além do Pólo em linha recta.
Pergunte aos pilotos destes voos polares. Peça-lhes que indiquem um voo
transpolar, no qual possa comprar uma passagem, que realmente cruze o Pólo
Norte. Examinando a rota dos voos através da área do Pólo Norte, achamos sempre
que passam em volta do Pólo ou pelo seu lado e nunca directamente através dele.
Isto é estranho. Seguramente que um voo anunciado como passando directamente
sobre o Pólo Norte atrairia muitos passageiros, que gostariam de passar por tal
experiência. Entretanto, estranhamente, nenhuma linha aérea oferece tal voo. As
rotas aéreas sempre passam num lado do Pólo. Porquê? Não será porque, se fossem
directas através do Pólo, em vez de aterrar no lado oposto da Terra, o avião
penetraria naquela terra além do Pólo, o
centro do Grande Desconhecido, como o Almirante Byrd a denominou?
Palmer sugere que uma tal
expedição, que viaje directamente para o norte e continue na mesma direcção
depois de alcançar o ponto do Pólo Norte (que ele acredita estar no centro da
concavidade polar e não em terra sólida) deveria ser organizada, repetindo a
rota do Almirante Byrd, até que seja alcançado o interior oco da Terra. Isto,
aparentemente, nunca foi feito, a despeito de que haja, nos arquivos da Marinha
dos Estados Unidos, dados dos voos das descobertas do Almirante Byrd. Talvez a
razão para isto seja que a nova concepção geográfica da formação das regiões
polares, que precisa ser aceita antes que possa ser apreciada a verdadeira
significação das descobertas do Almirante Byrd, não foi aprovada pelos chefes
da Marinha que, em consequência, deixaram o assunto de lado e se esqueceram
dele.
A citada declaração de Palmer, de
que as linhas aéreas comerciais não passam sobre o Pólo Norte, parece razoável
em vista das novas descobertas soviéticas relativas ao Pólo Norte Magnético,
segundo as quais não é um ponto e sim uma linha comprida, e que acreditamos ser
circular, constituindo a borda da concavidade polar, de tal maneira que
qualquer ponto desta circunferência possa ser chamado de Pólo Norte Magnético,
porque ali a agulha da bússola se volta directamente para baixo. Se este é o
caso seria então impossível aos aviões cruzar o Pólo Norte, que está no centro
da depressão polar e não na superfície da Terra, como estaria de acordo com a
teoria de uma Terra sólida e de uma formação convexa no Pólo. Quando os
pilotos, de acordo com a leitura da bússola, acreditam que alcançaram o Pólo,
alcançaram realmente a borda da concavidade polar, onde está o verdadeiro Pólo
Magnético Norte. Referindo-se ao livro de Giannini, Palmer comenta: O estranho livro, escrito por Giannini,
apresentou a única possibilidade pela qual pode ser provado, definitivamente,
que a Terra tem uma forma singular no Pólo Norte, como acreditamos que tenha
também no Pólo Sul, não necessariamente com um orifício que se estenda toda a
vida, mas como um biscoito redondo que tenha crescido tanto no cozimento que o
buraco seja somente uma depressão profunda em cada extremidade, ou como um
gigantesco pneu de automóvel, montado numa roda compacta, com calotas côncavas.
Nenhum ser humano jamais voou directamente sobre o Pólo Norte e continuou na
mesma direcção. Seu editor acha que isto devia ser feito, e imediatamente.
Temos os aviões para isto. Seu editar deseja certificar-se se um tal voo daria
em algum dos países que estão em volta do Pólo, necessariamente no ponto oposto
exacto ao de partida. A navegação devia ser feita não pela bússola ou por
triangulação em mapas existentes, mas somente pela bússola giroscópica, num
curso recto, desde a decolagem até ao momento de aterrar». In
Raymond Bernard, A Terra Oca, 2008, Editorial Minerva, 2008, ISBN
978-972-591-725-1.
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