sábado, 16 de novembro de 2013

Serenata de Coimbra. Amor. «Aminha história é simples. A tua, meu Amor, é bem mais simples ainda: Era uma vez uma flor. Nasceu à beira de um Poeta... Vês como é simples e linda? (O resto conto depois; mas tão a sós, tão de manso que só escutemos os dois)».

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«Pelo Sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos,
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e do que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?
 - Partimos. Vamos. Somos».


«Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu
nem houve estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
para que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha mãe».


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