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Escadório das Três Virtudes.
«O Escadório das Virtudes, que são as Virtudes Teólogas e não as Cardeais, que aqui não figuram, reforçando desta feita o alcance católico do programa, executado já no tempo do arcebispo D. Gaspar de Bragança, na segunda metade do século XVIII, acrescentado portanto ao Escadório dos Sentidos, e já da provável traça de Carlos Amarante. O esquema geral é idêntico ao anterior, uma imagem central ladeada por outras duas, pese embora as fontes encontrarem-se instaladas em grandes nichos, no meio do espaldar das escadas. As figuras complementares são, neste caso, alegóricas e não remetem para a Bíblia ou para a mitologia. A fonte comporta um símbolo relativo à virtude teóloga correspondente».
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2ª Fonte das Virtudes: A Esperança
Símbolos: Arca da Aliança.
Esperança é uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos relacionados com eventos e circunstâncias da vida pessoal. A esperança requer uma certa perseverança, i.e., acreditar que algo é possível mesmo quando há indicações do contrário.
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A fonte da Esperança é simbolizada pela arca de Noé por baixo da qual cai água com a legenda:
- Arca in qua...animae salvae factae sunt...Petr. 3, V. 20. - «Arca na qual... se salvaram almas».
«A arca é o símbolo do cofre ou tesouro de regeneração cíclica, constituindo assim o princípio da conservação e do renascimento. É o vaso alquímico onde se processa a transmutação dos metais, ou o coração do homem-alquimista no qual se opera a transmutação do humano em divino».
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A fonte tem no seu topo a estátua da esperança, pegando numa âncora na mão esquerda e uma pomba na direita e a inscrição:
- Esperança. Expectantes beatam spem et adventum gloriae. Ad Tit. 2, 13. «Aguardando esperança bem-aventurada e a vinda da glória».
Do lado esquerdo a estátua da Confiança com um navio na mão e a inscrição:
- Confidentia. In spe erit fortitudo vestra. Isai 30, 15. - «Na esperança estará vossa fortaleza».
Do lado direito a estátua da Glória que segura o sol e uma palma com a inscrição:
- Gloria... Oculos non vidit nec auris audivit. Ad Corint. I C, 9. - «O olho não viu nem o ouvido ouviu».
In Peregrinar/Maria.
(Continua)
Cortesia de Gabriel/Peregrinar/Maria/JDACT