Cortesia de votdesfranciscodeguimarães
«No ano de 1322, o Infante D. Afonso ao combater contra seu pai, o rei D. Dinis, pôs cerco a Guimarães. Ficando o convento de S. Francisco encostado aos muros da vila, permitia aos homens de D. Afonso o reforço dos combates, o que levou o rei a ordenar a sua demolição, temendo novos confrontos, e ordenando que fosse de novo construído a uma distância de segurança.
O novo convento foi construído onde ainda hoje se encontra, Igreja e Claustros de São Francisco, no ano 1400, por licença do rei D. João I, e para aqui foram trazidos os restos mortais do padroeiro da cidade, São Gualter.
No primeiro Domingo de Agosto de 1577, o corpo foi levantado do sepulcro e levado em procissão pelas ruas. Recolhido o préstito, foram as relíquias novamente sepultadas.
Cortesia de votdesfranciscodeguimarães
Por volta de 1750, aquando da reforma da Igreja de São Francisco, é demolida a Capela de São Gualter. No ano de 1800, o administrador do Altar do Descendimento, dá autorização para que sejam postas à veneração, nessa capela, sobre a banqueta do altar, as sagradas relíquias do milagroso Santo.
Durante mais de dois séculos perdeu-se o rasto dos restos mortais do Santo Patrono, sendo desconhecida a sua verdadeira localização. Depois de anos de pesquisas, até porque se sabia que as relíquias do Santo, nunca daqui teriam saído, no início de Outubro de 2009, quando do restauro de um altar lateral da Igreja, foram encontradas, no interior de uma imagem em madeira de cedro do Líbano representado o próprio São Gualter, os ossos do Santo Patrono de Guimarães, confirmando a documentação existente nos arquivos da Instituição que nos dizia haver o propósito, por parte dos Franciscanos, de esconder os seus restos mortais.
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São Gualter e 1ª Duquesa de Bragança, D. Constança de Noronha.
Considerado um dos mais expressivos e magníficos monumentos religiosos de Guimarães, a Igreja de São Francisco acolhe, para além de esplêndidas obras de escultura e entalhe, os restos mortais de duas das personalidades mais importantes da cidade:
- o padroeiro, São Gualter falecido em 1259,
- a primeira Duquesa de Bragança, D. Constança de Noronha, falecida em 1480.
D. Constança de Noronha foi a segunda esposa de D. Afonso I de Bragança, filho do rei D. João I, tendo casado em 1420. Viveu no Paço dos Duques de Guimarães, enviuvando em 1467, e retirando-se da vida social, para se dedicar ao culto espiritual e à assistência aos mais doentes e carenciados, envergando nessa altura o hábito de franciscana.
Por sua expressa vontade foi sepultada na capela-mor da Igreja de São Francisco, a 26 de Janeiro de 1480, data do seu falecimento. O túmulo da Duquesa encontra-se coberto por uma pedra tumular com o seu perfil em tamanho natural, escondida durante anos atrás do altar-mor, mas actualmente exposta na capela lateral do lado do evangelho». In Venerável Ordem Terceira de S. Francisco de Guimarães, Relicário de São Gualter.
Cortesia de V.O.T. de S. Francisco de Guimarães/JDACT