Chove? Nenhuma Chuva Cai...
«Chove? Nenhuma chuva cai...
Então onde é que eu sinto um dia
em que ruído da chuva atrai
a minha inútil agonia?
Onde é que chove, que eu o ouço?
Onde é que é triste, ó claro céu?
Eu quero sorrir-te, e não posso,
ó céu azul, chamar-te meu...
E o escuro ruído da chuva
é constante em meu pensamento.
Meu ser é a invisível curva
traçada pelo som do vento...
E eis que ante o sol e o azul do dia,
como se a hora me estorvasse,
eu sofro... E a luz e a sua alegria
cai aos meus pés como um disfarce.
Ah, na minha alma sempre chove.
Há sempre escuro dentro de mim.
Se escuro, alguém dentro de mim ouve
a chuva, como a voz de um fim...
Os céus da tua face, e os derradeiros
tons do poente segredam nas arcadas...
No claustro sequestrando a lucidez
um espasmo apagado em ódio à ânsia
põe dias de ilhas vistas do convés.
No meu cansaço perdido entre os gelos,
e a cor do outono é um funeral de apelos
pela estrada da minha dissonância...»
Então onde é que eu sinto um dia
em que ruído da chuva atrai
a minha inútil agonia?
Onde é que chove, que eu o ouço?
Onde é que é triste, ó claro céu?
Eu quero sorrir-te, e não posso,
ó céu azul, chamar-te meu...
E o escuro ruído da chuva
é constante em meu pensamento.
Meu ser é a invisível curva
traçada pelo som do vento...
E eis que ante o sol e o azul do dia,
como se a hora me estorvasse,
eu sofro... E a luz e a sua alegria
cai aos meus pés como um disfarce.
Ah, na minha alma sempre chove.
Há sempre escuro dentro de mim.
Se escuro, alguém dentro de mim ouve
a chuva, como a voz de um fim...
Os céus da tua face, e os derradeiros
tons do poente segredam nas arcadas...
No claustro sequestrando a lucidez
um espasmo apagado em ódio à ânsia
põe dias de ilhas vistas do convés.
No meu cansaço perdido entre os gelos,
e a cor do outono é um funeral de apelos
pela estrada da minha dissonância...»