quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Poesia. Jazz. Agostinho da Silva. «Não peço a Deus nada alheio com o que em mim há me vou só lhe rogo bem humilde que me faça eu ser o que sou. O mais simples alicerce traz logo a casa traçada se eu quiser chegar a Deus começarei por ser nada»

jdact

«Como vou orgulhar-me
do que faço ou que não faço
se os destinos pegam homem
como a gato por cachaço.

Figura de proa da barca Destino
sem medo do mar ao longe fulgura
ai de quem fraco lhe fique encantado
e a vendo em triunfo a julgue segura.

Talvez seja isso somente
o de mais perfeito ensino
ter homem a liberdade
de se entregar ao destino».


«É ciência subir os Himalaias
de criar matemática sem fim
mas é cultura vê-la poesia
e ter os Himalaias dentro em mim»

Bem bom que o povo se afaste
dos defeitos que me sente
fico assim eu próprio livre
de encantos de prender alguém».
Quadras de Agostinho da Silva, in ‘Algumas Quadras

Cortesia de Casas das Letras/JDACT