domingo, 9 de dezembro de 2012

FCG. As Idades do Mar. II. A Idade Efémera. «A praia estabelece-se como lugar de passeio das gentes burguesas, cuja circulação o caminho-de-ferro facilita. A moda das grandes temporadas de veraneio massifica-se durante o século XX, por impulsos sociais e lógicas sanitárias que levam à vulgarização dos banhos de mar»

"Praia das Maçãs". 1918. Óleo sobre painel de madeira, 
José Mallhoa (1855-1933), foto de Carlos Monteiro.
jdact e cortesia de molduras

Fundação Calouste Gulbenkian. Sala de Exposições Temporárias da Sede. Até ao pf dia 27 de Janeiro de 2013.

«Desde finais do século XVII, as elites norte-europeias procuram, através do Grand Tour pela Europa, contactar tanto com a riqueza cultural e artística como com o pitoresco dos lugares. Também o olhar dos pintores vai ser influenciado pela procura destes valores, elegendo motivos curiosos em paisagens selvagens e registando o efémero.
A partir de finais do século XIX, o mar é pretexto para exploração pictórica autónoma, pelas matérias resultantes da pincelada que restituem realidades sensorialmente mais intensas. O mar como objecto preferencial de contemplação gera mimetismos entre os estados anímicos do espectador e o mar nos seus diferentes tempos, originando muitas vezes o impulso da partida e da viagem. A praia estabelece-se como lugar de passeio das gentes burguesas, cuja circulação o caminho-de-ferro facilita. A moda das grandes temporadas de veraneio massifica-se durante o século XX, por impulsos sociais e lógicas sanitárias que levam à vulgarização dos banhos de mar». In Teresa Pizarro, Molduras, As Artes na Antena 2, FCG.



Cortesia de Molduras/JDACT