Modelo Elaborado da Literacia da Informação
(…)
«Reúne a informação. Depois da identificação
e avaliação das fontes o aluno deverá:
- Ler, observar e ouvir uma grande variedade de materiais apropriados;
- Reunir material de suporte ao assunto;
- Começar a elaborar / construir / produzir informação sobre certos aspectos do assunto.
Analisa a informação. Enquanto os
materiais/documentos estão a ser lidos, observados, tratados, o aluno deverá:
- Descobrir e explorar palavras-chave e ideias principais;
- Determinar a correcção, relevância e qualidade da informação (autor, data, etc.) e rejeitar a informação desnecessária;
- Diferenciar entre facto e opinião, concordância e discordância, fontes principais e secundárias, causa e efeito;
- Identificar pontos de vista, diversidade e influência cultural;
- Reconhecer omissões e erros de lógica;
- Reconhecer a inter-relação entre os conceitos;
- Reflectir sobre as questões que surgem, rejeitando algumas ou todas; decidir recolher mais informação / documentação para substituir a anterior.
Interpreta e sintetiza a informação. Depois
de analisar a informação, o aluno deverá:
- Encontrar formas eficazes / correctas para tirar e tomar notas;
- Resumir e registar a informação por palavras suas;
- Tirar conclusões baseadas na informação recolhida.
Mas será prudente pedir
aos indivíduos que, ao tratarem a informação, utilizem este modelo, com intuito
de mais tarde a utilizarem na vida quotidiana?
Estas e outras perguntas são com certeza pertinentes, visto terem surgido
várias alternativas, tendo em vista melhorar os baixos níveis de literacia e
falhando todos eles pelo facto de só serem compreendidos por indivíduos com um
determinado e considerável nível de literacia.
Processos de Pesquisa
A
escolha do tema, Literacia,
baseou-se, principalmente, na curiosidade e ignorância sobre o mesmo,
constituindo, assim um desafio. Tendo em conta o conhecimento reduzido da minha
parte, considerei pertinente investigá-lo antes mesmo de o escolher como tema
de avaliação. Para minha surpresa deparei-me com informação, na língua materna,
bastante interessante e cuidada, ainda que reduzida a quantidade desta, foi com
grande satisfação que a utilizei. Depois do tema definido, continuei a minha
pesquisa, já iniciada, por curiosidade, explorando o material das bibliotecas e
da internet. Esta última é, nos nossos dias, uma fonte bastante cómoda e
acessível a uma grande parte da população, que nos permite obter uma grande
quantidade de informação rapidamente. Contudo, esta também prima por algumas
características indesejáveis, uma vez que a informação pode conter imprecisões
ou mesmo erros; além disso, a quantidade excessiva de informação torna o
processo de filtragem da mesma complicado, pois é impossível processá-la na
totalidade. Para facilitar a escolha existe o método de pesquisa avançada nos
motores de busca bem como os operadores boleanos que me permitiram
reduzir alguma da informação pouco relevante à minha investigação.
Nesta
fonte, Internet, comecei por pesquisar utilizando o motor de busca Google,
seleccionando o método de pesquisa avançada e digitando a palavra literacia. Obtive um total de 54.500
páginas, em português. Perante numerosa recolha, apurei os seguintes sites,
visto me parecerem os mais importantes para o meu trabalho:
http://www.ectep.com/literacias de Maria de Lourdes
Dionísio de Sousa e Rui Vieira Castro(s.d), com o título Literacias. Esta é uma
página que relata a investigação dos autores, onde se dá especial relevo ao
estudo Ensaios em Português: níveis de estruturação e dimensões de
transmissão dos livros em português. http://www.cies.iscte.pt do Centro de Investigação
e estudo de sociologia, pertencente ao Instituto Superior de Ciências do
Trabalho, dentro do qual pesquisei literacia
e o resultados foram 0 projectos, 1 tese Competências e Literacia na
Sociedade do Conhecimento de Patrícia Ávila.
Estudar também é repartir
também é saber dar
o que a gente souber dividir
para multiplicar.
Estudar é escrever um ditado
sem ninguém nos ditar;
e se um erro nos for apontado
é sabê-lo emendar.
É preciso, em vez de um tinteiro,
ter uma cabeça que saiba pensar,
pois, na Escola da vida,
primeiro está saber estudar.
[…]
Estudar é muito
mas pensar é tudo!
In Ary dos Santos
Nas bibliotecas, a minha
pesquisa limitou-se à Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de
Coimbra e à Biblioteca Municipal de Coimbra e à dificuldade que tive em
encontrar conteúdos relevantes, que não os das primeiras bibliotecas citadas,
na Biblioteca Geral. Na biblioteca da FEUC, pesquisei, primeiramente, no
catálogo electrónico da mesma, para ter acesso aos títulos dos livros
existentes. Obtive sete nomes de obras e estudos presentes, sobre o tema.
Destes, apenas considerei pertinentes para o meu trabalho três:
- Estudo Nacional de Literacia, Relatório Preliminar (ICS - Universidade de Lisboa);
- Territoires á Livre Ouvert – La Lutte Contre L’illettrisme en milleu rural (La Documentation Française);
- Literacia em Portugal (coordenado por Ana Benavente).(…)
In David Olson, Jacinta do Céu
Laranjo Conceição, A Literacia é um Profundo Envolvimento com a Tradição
Escrita, Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra, Fontes de Informação
Sociológicas, 2005.
Cortesia da U. de
Coimbra/JDACT