quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Música. Pink Floyd. «E iam todos; guerreiros, donzelas, velhos, moços, as redes deixavam; rudes gritos na aldeia soavam, vivos olhos fugiam p’ra o céu: iam vê-la, Jaci, mãe dos frutos, que, entre um grupo de brancas estrelas, mal cintila: nem pôde vencê-las, que inda o rosto lhe cobre amplo véu»


Cortesia de wikipedia

«O luar quando bate na relva
não sei que cousa me lembra...
Lembra-me a voz da criada velha
contando-me contos de fadas.
E de como Nossa Senhora vestida de mendiga
andava à noite nas estradas
socorrendo as crianças maltratadas ...
Se eu já não posso crer que isso é verdade,
para que bate o luar na relva?»


«Oh dôce luz! oh lua!
Que luz suave a tua,
e como se insinua
em alma que fluctua
de engano em desengano!
Oh creação sublime!
A tua luz reprime
as tentações do crime,
e á dôr que nos opprime
abres-lhe um oceano!

É esse céo um lago,
e tu, reflexo vago
d'um sol, como o que eu trago
no seio, onde o afago,
no seio, onde o aperto?
Oh luz orphã do dia!
Que mystica harmonia
ha n'essa luz tão fria,
e a sombra que me guia
n'este areal deserto!

Embora as nuvens trajem
de dia outra roupagem,
o sol, de que és imagem,
não tem essa linguagem
que encanta, que namora!
Fita-te a gente, estuda,
(sem mêdo que se illuda)
essa linguagem muda...
O teu olhar ajuda...
E a gente sente e chora!

Ah! sempre que descrevas
a orbita que levas,
confia-me o que escrevas
de quanto vês nas trevas,
que a luz do sol encobre!
As victimas, que escutas,
de traças mais astutas
que as d'essas féras brutas...
E as lastimas, as luctas
da orphã e do pobre!»

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