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Com a devida vénia da FCG,
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Exposição até ao pf dia 10
de Fevereiro de 2013
«Celebrar a figura central do clássico de Lewis Carroll através de
algumas das mais sugestivas ilustrações contemporâneas é o propósito da
exposição Um Chá para Alice que
a Fundação apresenta na sala de Exposições Temporárias. A exposição reúne uma
centena de originais de alguns dos melhores ilustradores contemporâneos, 21
autores de 15 países, que apresentam o seu olhar único sobre uma obra que
sempre constituiu uma inesgotável fonte de inspiração para artistas de todo o
mundo: Alice no País das Maravilhas.
A mostra foi estreada no Story Museum, em Oxford, cidade que viu nascer
há 150 anos esta narrativa, tornando-se, pouco a pouco, um dos contos mais
universais e intemporais de sempre, hoje traduzido para mais de uma centena de
idiomas. Imaginada por Ju Godinho e Eduardo Filipe, e apoiada pela Fundação Calouste Gulbenkian, a
exposição propõe mostrar várias representações visuais contemporâneas deste conto,
que teve como primeiro ilustrador o próprio Lewis Carroll, que encheu o
manuscrito original de desenhos, inspirando, em 1885, as magníficas ilustrações
a preto e branco de John Tenniel, publicadas com a 1.ª edição. Em 1907, Arthur
Rackham, talvez o expoente máximo da ilustração clássica inglesa, publica a
primeira versão a cores. A partir daí, sucederam-se as mais diversas
ilustrações até aos nossos dias. Algumas
das mais notáveis podem ser agora vistas na Fundação até ao pf dia 10 de Fevereiro
de 2013.
O eixo central da exposição, que confere o título e o tema do catálogo,
é o emblemático episódio do chá do
Chapeleiro Maluco e da Lebre de Março, que inspirou ilustrações tão diversas
quantos os autores presentes, e que serão mostradas
em mesas desenhadas para o efeito. Serão, ao todo, 21 mesas, uma por cada
ilustrador, com formas e alturas distintas, formando uma espécie de “lagarta louca”, onde todas as
ilustrações estarão expostas. Os artistas representados são Alain Gauthier, Lucie Laroche, Nicole
Claveloux e Rebecca Dautrement (França), Anthony Browne, Helen Oxenbury e John
Vernon Lord (Reino Unido), Chiara Carrer e Lisa Nanni (Itália), Anne Herbauts
(Bélgica), Dusan Kallay (Eslováquia), Iban Barrenetxea (Espanha), Joanna
Concejo (Polónia), Klaus Ensikat (Alemanha), Lisbeth Zwerger (Áustria), Maggie
Taylor (EUA), Narges Mohammadi (Irão), Nelson Cruz (Brasil), Suzy Lee (Coreia do
Sul), Teresa Lima (Portugal) e Vladimir Clavijo (Rússia).
Anthony Browne, Chá
para Alice, FCG
Lisbeth Zwerger, Chá
para Alice, FCG
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As imagens de cada um deles transportam o
espectador para uma dimensão paralela ao texto, uma dimensão visual feita de
cores, formas, texturas e relações volumétricas. Através da visão e da arte de
cada artista, o público é levado a revisitar episódios e personagens, a
comparar estilos, escolas e técnicas, a reconhecer influências culturais e a descobrir
novas interpretações. A enquadrar a exposição, as paredes da sala vão ostentar algumas
frases retiradas do livro, de modo a estabelecer uma ponte entre as duas
dimensões, texto e imagem.
Barbara Scharioth, reconhecida
especialista em literatura infantil e diretora da Biblioteca Internacional
Infantil de Munique diz, tal como Virginia Woolf, que o segredo para este
manancial de novas criações pictóricas inspiradas pela obra de Lewis Carroll reside no facto de se
tratar do único livro no qual, verdadeiramente, nos tornamos crianças.
A estreita colaboração com a Biblioteca de
Munique permite incluir nesta mostra um grande número de edições antigas e
modernas deste conto que podem ser consultadas pelo público». In FCG, Newsletter, Novembro / Dezembro de
2012, Um Chá para Alice.
Cortesia da FCG/JDACT