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e jdact
1º
de Março de 1476
«(…)
Derrotado Affonso fugiu de noite para Castro Nuño. Fernando fugiu tambem
para Zamora. O Principe vencedor ficou no campo, onde esteve três dias (Damião
de Gões: Chron. do Príncipe D. João, cap. 78-79).
Le
fils á Alphonse V, ayant culbuté partout les ennemis, resta maitre du champ de
bataille et put se croire vainqueur (A. A. Teixeira de Vasconcelos: Portugal et la maison de Bragance,
pag. 537).
O
Principe ficou no campo cõ sua victoria e não curou seguir o alcance… (Acenheiro,
Inéditos da Hist. Port. T. 5º pag. 273).
Não cito
mais portugueses, por inútil, para mostrar o que escreveram os Castelhanos, que
devem ser insuspeitos:
Enrique
conde de Alla de Liste llegó em seguimento de los que huian hasta la puente de
Toro: a la vuelta fué preso por cierta banda de sol enemigos que con Juan
Principe de Portugal sin ser desbaratados se estuvieron en un altozano en
ordenanza hasta muy tarde (Mariana: Hist.
L.º XXIV, cap. X pag. 165).
Il
fut long et sanglant; et quoique les Castillans fussent les plus forts, la victoire
pencha plusieurs fois du côté des Portuguais… (Romay: Histoire etc. cap.
XVII).
Ferdinand
défit l'aile droite des ennemis, commandée par Alphonse; mais le Prince de
Portugal eut la même avantage sur le Castillan… (Dictionnaire des Batailles,
Paris, 1771 t. 3º).
Pudiera
esta victoria costar muy caro, si el Principe de Portugal, que tuvo siempre su
esquadron en ordenança, y estava muy cerca de las riberas del rio, acometiera a
los nuestros, que andavan van desordenados, y esparzidos… (Çurita: Anales de Aragon, t. 4º L.º XIX
Ediç. de 1610).
El
Principe Don Juan se albergó con una parte del exercito baxo las murallas de
Toro… (D. A. S. Compendio historico
de los Reyes de el Aragon, Madrid, 1797, t. 2º, pag 312).
L'aile
gauche de l'armée Portugaise s'etant ébranlée en bel ordre, l'aile droite des
Castillans se mit en état de la recevoir par le même mouvement; mais les
arquebusades ayant joué avec beaucoup de furie, & le choc étant violent de la
part des Portugais, les Castillans pliérent & prirent la fuite… (Colmenar: Anales d'Espagne et de Portugal,
tom. 1º pag. 299).
El
Principe de Portugal, visto que la gente del Rey su padre era vencida é desbaratada,
pensando reparar algunes de los que iban fuyendo, sobióse sobre un cabezo, á
donde tañendo las trompetas, é faciendo fuegos, é recogiendo su gente, estuvo
quedo con su batalla, é no consentió salir della á ninguno… (O mesmo Pulgar,
pag. 89).
[…]
Vê-se
de portugueses, castelhanos, de franceses e de outros que a afirmativa do sr.
Moguel foi patriótica em demasia.
Bem
disse Fernão Álvares Oriente: as cousas todas a aparência têm, conforme os
olhos são com que se vêm.
O
sr. Moguel viu a batalha de Toro com olhos de castelhano (não de espanhol, como
a todos nos considera os habitantes da Península) eu vejo-a com os de português;
porque força é dizê-lo as duas nações existem autónomas, apesar da natureza ter
formado para ambas dos Pirineus ao extremo ocidente da Europa este trato de
terra fertílimo da Península, que a política e a história retalharam, não direi
para sempre; mas para enquanto Portugal for cobiçado, e se poder equilibrar na
balança dos interesses europeus. Para muito escrever é o assunto, se aqui fora
lugar para isso.
Em
vista do que aí fica escrito e transcrito, para mim, nascido em Portugal, sem animadversão
nenhuma, a Batalha do Toro não foi a
desforra da de Aljubarrota.
Não
a tem mesmo na história. Foi um combate indeciso». In Rocio d'apar S. Braz d'Evora. 24 de Dezembro
de 1895.
In António
Francisco Barata, A Batalha de Toro, 1896, Projecto Livro Livre, 661, 2015
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