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de wikipedia e jdac t
Evolução
urbana e arquitectónica
Cidade
Portuguesa no Tempo
«(…) Entre os séculos XVI e o
XVIII, as elites urbanas desenvolvem um discurso crítico em relação à matriz tardo-medieval
que as suas cidades exibiam. Monumento
e Monumentalidade serão
as palavras de ordem por detrás de numerosas e variadas intervenções no espaço
urbano cuja expressão mais completa estará na Praça regularizada e monumentalizada com equipamentos
(chafarizes, pelourinhos, etc) e edifícios (Casas da Câmara, Igrejas, Igrejas
da Misericórdia, Hospitais, Capelas, Palácios, etc). Para o final daquele período,
tocado já pelas exigências do Iluminismo, o discurso propunha mesmo corrigir traçados a fim de adequar o
desenho urbano a uma ordem e um racionalismo que seria expressão do poder do
Estado. A 2ª metade do século XIX trará consigo a expansão urbana moderna com o
rápido crescimento da população urbana. As cidades e as vilas preparam-se
para receber esse afluxo de novas gentes elaborando Planos de Melhoramentos em cuja preocupação estará em
primeiro lugar o grau zero do urbanismo, as infra-estruturas. Será a época das grandes obras municipais
viárias, de iluminação pública, abastecimento de água, drenagens e saneamentos,
etc.
As décadas de 1930 e de 1940,
coincidindo com nova fase de expansão e crescimento urbanos, mostram a
emergência da Obra Pública e do
Plano Geral de Urbanização como
os novos instrumentos adequados às novas exigências de planificação urbana de
um Estado que se queria fazer reconhecer como forte. As duas décadas seguintes
continuarão a mostrar a concretização daqueles instrumentos do urbanismo a mais
das vezes falha de inovação e enredada numa inércia burocrática. As rupturas
introduzidas nas décadas de 1970 e 1980 prepararam o momento actual e o futuro,
numa terceira fase de expansão e crescimento, mais exigente, introduzindo novas
preocupações, como as Patrimoniais, e fazendo uso de novos e mais eficazes
instrumentos de planificação e controle (PDM’s, Planos de Pormenor, Inventários
do Património, Planos de Salvaguarda, Planos de Reabilitação, etc).
Rede Urbana e
Sociedade em Portugal
Um primeiro diagnóstico da
evolução histórica da rede urbana portuguesa foi realizado por autores como
Vitorino Magalhães Godinho e José Gentil Silva os quais apontaram a estagnação
do respectivo desenvolvimento entre o século XVI e os inícios do XIX como um
dos principais traços realçando que uma boa armadura de pequenos centros
urbanos contrasta com a inexistência das cidades médias ao mesmo tempo que a
capital é das primeiras cidades do mundo de então. Nos dois séculos seguintes (XIX
e XX), quando por toda a Europa desenvolvida, se observa uma descolagem sem
precedentes da população urbana, Portugal irá manter de uma forma generalizada
níveis de urbanização diminutos, casos à parte de Lisboa e do Porto, para
apenas ver acelerar o crescimento a partir da década de 1950. A incapacidade
dos centros provinciais da rede urbana em atrair o êxodo rural que se verifica
e que opta antes pela emigração, que é antiga e persistente, é apontada como o
outro traço estrutural conexo de um mesmo esquema de bloqueamento do
desenvolvimento e da Modernização da sociedade portuguesa. Uma nova geração de
historiadores realizou a partir da década de 1980 uma crítica e desconstrução
de paradigmas prevalecentes até aí aportando a emergência do local e um novo equacionamento do papel do centro e da periferia (José
Mattoso e António Manuel Hespanha).
O
trabalho crítico incidiu principalmente sobre a ideia de Estado e de Nação
legada pelos historiadores do século XIX, que a historiografia do Estado Novo
havia cristalizado: a omnipresença da coroa, a ideia da centralização precoce
(ou o paradigma da centralização contínua e interminável (…)), a utilização dos
conceitos de Estado e de Nação num sentido quase contemporâneo para falar da
história portuguesa desde os finais da Idade Média, e a imagem da atrofia de
todos os poderes que não os da monarquia constituíam património comum dos
historiadores portugueses, quase sem excepção». In Paulo Dordio, Chaves e as suas
Fortificações, Evolução urbana e arquitectónica, ARQUEOHOJE, Chaves. Levantamento Arquivístico e
Bibliográfico. 2006, Chaves, Arquivo Municipal de Chaves, 2015, Wikipedia.
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