sábado, 7 de setembro de 2013

Música. A Voz. Catherine Sauvage. «Nem pastorais do Sul, com o seu eco tão rubro, a solene dolência dos poentes, além. Eu rio-me da Arte, do Homem, das canções, da poesia, dos templos e das espirais lançadas para o céu vazio p’las catedrais. Vejo com os mesmos olhos os maus e os bons»


Cortesia de wikipedia


«Alma: não tiveste um lugar. Assim,
te foste ao reino prometido, e dobras-te
agora em quanta solidão venceste,
impelida num mundo de retorno.

Nem a razão expectante permitiu
o maior pensamento de certezas!
Alma: da terra ao céu o traço fino
da tua directriz - mais não ficou...

Eis a vida . pó cruel, ansiedade
que deu a forma à tua acção perfeita
em sombras de tristeza e dia a dia.

Desvendado segredo! A dor que seja
o fogo, tua lembrança encontrou
nesse vazio a única palavra...»


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