O Jardim e a Noite
«Atravessei o jardim solitário e sem lua,
correndo ao vento pelos caminhos fora,
para tentar como outrora
unir a minha alma à tua,
ó grande noite solitária e sonhadora.
Entre os canteiros cercados de buxo,
sorri à sombra tremendo de medo.
De joelhos na terra abri o repuxo,
e os meus gestos foram gestos de bruxedo.
Foram os gestos dessa encantação,
que devia acordar do seu inquieto sono
a terra negra dos canteiros
e os meus sonhos sepultados
vivos e inteiros».
A amizade de João Brito e Capote
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