Cortesia de wikipedia e jdact
Recordações do Passado
«Concordo que se falem da Severa
Pois no seu tempo já era mais que rainha do fado
E entendo, que é bom lembrarmo-nos mais
Desses nomes imortais, dos fadistas do passado
Tecer a glória duma Cesária fadista
E da Maria Vitória, ou duma Júlia Florista
Dum Armandinho, fadistas duma só crença
Marceneiro e Machadinho, Joaquim Campos e Proença
Dos poucos nomes que eu disse
Não devo, mesmo que eu queira
Esquecer a Maria Alice
Nem a Emília Ferreira
E então nesta hora incerta
Lembrar-me a Ercília Costa
Amália, Hermínia e Berta
Das quais tanto o povo gosta
Agora quando os mais novos acordam
São os velhos que recordam como em tempos era o fado
E os de hoje, de vida alegre e louçã
Hão-de chorar amanhã com saudades do passado
Ninguém entende, nessa aparência bizarra
Como é que a gente se prende ás cordas duma guitarra
Ninguém maldiga do fado que nos encanta
Que a vida é uma cantiga que nem toda a gente canta
Mas quando eu já for velhinho
Hei-de entreter-me, bem sei
Ensinando ao meu netinho
Os fados que já cantei
Talvez os velhos lhe apontem
As minhas noites de agrado
Que lhe digam, que lhe contem
Que eu também cantava o fado»
Pois no seu tempo já era mais que rainha do fado
E entendo, que é bom lembrarmo-nos mais
Desses nomes imortais, dos fadistas do passado
Tecer a glória duma Cesária fadista
E da Maria Vitória, ou duma Júlia Florista
Dum Armandinho, fadistas duma só crença
Marceneiro e Machadinho, Joaquim Campos e Proença
Dos poucos nomes que eu disse
Não devo, mesmo que eu queira
Esquecer a Maria Alice
Nem a Emília Ferreira
E então nesta hora incerta
Lembrar-me a Ercília Costa
Amália, Hermínia e Berta
Das quais tanto o povo gosta
Agora quando os mais novos acordam
São os velhos que recordam como em tempos era o fado
E os de hoje, de vida alegre e louçã
Hão-de chorar amanhã com saudades do passado
Ninguém entende, nessa aparência bizarra
Como é que a gente se prende ás cordas duma guitarra
Ninguém maldiga do fado que nos encanta
Que a vida é uma cantiga que nem toda a gente canta
Mas quando eu já for velhinho
Hei-de entreter-me, bem sei
Ensinando ao meu netinho
Os fados que já cantei
Talvez os velhos lhe apontem
As minhas noites de agrado
Que lhe digam, que lhe contem
Que eu também cantava o fado»
Compositor: Frederico de Brito e Francisco Viana
Valeu a Pena
«Com voz serena
perguntaram-me ao ouvido
Valeu a pena
vir ao mundo e ter nascido?
Com lealdade, vou responder, mas primeiro
Consultei meu travesseiro, sobre a verdade
Tive porém, que lembrar o meu passado
Horas boas do meu fado, e as más também
Valeu a pena
Ter vivido o que vivi
Valeu a pena
Ter sofrido o que sofri
Valeu a pena
Ter amado quem amei
Ter beijado quem beijei
Valeu a pena
Valeu a pena, ter sonhado o que sonhei
Valeu a pena, ter passado o que passei
Valeu a pena, conhecer, quem conheci
Ter sentido o que senti, valeu a pena
Valeu a pena, ter cantado o que cantei
Ter chorado o que chorei, valeu a pena»
perguntaram-me ao ouvido
Valeu a pena
vir ao mundo e ter nascido?
Com lealdade, vou responder, mas primeiro
Consultei meu travesseiro, sobre a verdade
Tive porém, que lembrar o meu passado
Horas boas do meu fado, e as más também
Valeu a pena
Ter vivido o que vivi
Valeu a pena
Ter sofrido o que sofri
Valeu a pena
Ter amado quem amei
Ter beijado quem beijei
Valeu a pena
Valeu a pena, ter sonhado o que sonhei
Valeu a pena, ter passado o que passei
Valeu a pena, conhecer, quem conheci
Ter sentido o que senti, valeu a pena
Valeu a pena, ter cantado o que cantei
Ter chorado o que chorei, valeu a pena»
Compositor: Moniz Pereira