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As Rotas
La Carrera de Indias: Inconvenientes y Ventajas del Sistema Español de
Comunicaciones Transatlánticas
«(…) Por todo ello, y empleando una expresión marinera, el sistema de
flotas hizo agua a mediados del siglo XVII. Lo realmente ilógico fue mantenerlo
durante tanto tiempo. Por qué paso tal cosa? La razón debe buscarse, sin duda,
en los intereses de los grandes comerciantes de la Carrera de Indias vinculados
a los Consulados comerciales de Sevilla, México y Lima. Estos hombres preferían
la certeza de unas ganacias perqueñas, pero relativamente seguras, a exponerse
a cambiar sus tradicionales sistemas monopolistas y entrar en una carrera de
competencia a base de barcos mercantes más agiles y que, aprovechandose de su
superior velociad, pudiesen romper los bloqueos. Este problema en el que se
mezclan motivos tanto económicos, como de pura mentalidad comercial, fue una
importante rémora que evitó la reforma del sitema. Esta no se comenzó a encarar
com decisión hasta mediados del siglo XVIII y fue avanzando lentamente. Primero
se suprimieron los convoyes a Tierra Firme y la compleja ruta que
enlazaba el Peú con Espafra a través de Panamâ. Las expediciones a Nueva
España, mucho más simples, resistieron algo más, pero al final tuvieron que
sucumbir también ante la realidad de los cambios históricos. In Pablo Emílio
Perez-Mallaina
A disputa luso-francesa pelo domínio do Brasil até 1580
Jorge Couto
Em Maio de 1505 retornaram a Honfleur os sobreviventes da nau L'Espoir,
orientada por dois portugueses (Sebastião Moura e Diogo Couto) contratados em
Lisboa a peso de ouro. O navio destinava-se ao Oriente, mas, devido ao
insuficiente domínio das técnicas de navegação na região austral, acabou por
arribar, em 1504, ao Brasil, tendo os seus tripulantes permanecido vários meses
na região de Santa Catarina. Entre o reduzido grupo que, na viagem de regresso,
escapou ao ataque de um pirata bretão, encontrava-se Essomericq, filho do chefe
carijó Arosca, que por todos os lugares de passagem era muito bem olhado, por não
ter jamais havido em França personagem de tão longínquo país.
Os relatos dos homens da expedição capitaneada por Binot Paulmier de Gonneville
espalharam-se velozmente pelos portos da França atlântica, divulgando notícias
sobre as gentes e os produtos das terras austrais, facto que atraiu o interesse
dos activos homens de negócios da Normandia (Ruão, Dieppe, Harfleur, Honfleur e
Caen) e da Bretanha (Brest e Saint-Malo). Os armadores normandos e bretões
começaram, a partir de então, a enviar cada vez com maior frequência navios
para se abastecerem directamente de pau-brasil na Terra de Santa Cruz,
assegurando, desse modo, o fornecimento de matérias corantes aos grandes
centros gauleses produtores de tecidos. Utilizavam, ainda, intérpretes
normandos, os truchements, que se fixaram em crescente número junto de
alguns grupos tribais tupis.
A intensa actuação de corsários no Atlântico e de armadores bretões e normandos
na América Portuguesa transformou-se rapidamente numa das preocupações prioritárias
do governo de Lisboa. João III (1521 - 1557), firmemente determinado a afastar
os súbditos do rei de França do Atlântico português e do Brasil, optou por uma
estratégia que combinava uma intensa acção persuasiva junto da corte de
Francisco I (1515 - 1547) com a adopção de medidas de cariz defensivo. No campo
diplomático, o rei procedeu à nomeação de João Silveira para representar os
interesses portugueses perante o monarca gaulês (de 1522 a Abril ou Maio de
1530). Idêntica medida tomou o governo de Paris, designando Honorato Cais para
desempenhar as funções de seu embaixador em Lisboa, cargo que exerceu, embora
de forma intermitente, ao longo de trinta e seis anos (de 1523 a 1558).
Nas suas relações com Portugal, Francisco I pretendia atingir simultaneamente
dois objectivos que, no entanto, se revelavam contraditórios. Por um lado,
procurava combater o monopólio português em Africa, no Brasil e no Oriente com
a finalidade de proporcionar lucrativos negócios aos seus armadores e mercadores,
contribuindo, desse modo, para fortalecer a componente atlântica da navegação e
do comércio franceses e para criar melhores oportunidades de cobrança de
receitas ao tesouro régio gaulês, depauperado pelos elevados custos das Guerras
de Itália. Por outro lado, desejava firmar um tratado de aliança com o monarca
lusitano com vista a obter apoios que lhe permitissem combater mais eficazmente
Carlos V (1516 – 1519 - 1556). Apesar dos sérios prejuízos que os vassalos de
Francisco I causavam à navegação e ao comércio portugueses, do forte sentimento
popular anti-francês e das opiniões dos mais influentes membros do Conselho
Régio, nomeadamente o infante Luís e o bispo de Viseu, partidários de uma política
de claro alinhamento com o imperador e de frontal oposição à França, João III
não quis adoptar medidas que contribuíssem para que o reino gaulês fosse
demasiadamente enfraquecido pela dinastia de Habsburgo, em virtude de esta já
estender a sua influência a uma vasta área que englobava a Espanha e o seu
Império Americano, uma parte da Itália, o Império Germânico, a Flandres, o
Artois e, por vezes, conforme a sorte das armas, a Borgonha. Com esta actuaçáo,
o monarca português visava contrabalançar as tendências hegemónicas da Casa de
Austria, que ambicionava concretizar o projecto da monarquia universal,
defendido por um dos mais influentes colaboradores de Carlos V, o chanceler
Mercurino Gattinara». In Pablo Emílio Perez-Mallaina e Jorge Couto,
Viagens e Viajantes no Atlântico Quinhentista, coordenação de Maria da Graça
Ventura, Edições Colibri, Faculdade de Letras de Lisboa, Lisboa, 1996, ISBN
972-8288-21-2.
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