quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Cinema. Sylvia Kristel. «A vida dá-nos indicações sob várias formas de que a morte não deveria assustar-nos, pelo contrário, que é agradável. O sono é-nos dado como um protótipo da morte, e lutamos por ele todas as noites, que nos dá o maior esquecimento da vida»


(1952-2012)
Utrecht, Holanda
Cortesia de expresso

«A actriz holandesa Sylvia Kristel, que faleceu esta noite em Amsterdão, estava hospitalizada desde Julho, depois de ter sofrido um AVC em sua casa. Os prognósticos foram sempre muito reservados.
"Sylvia morreu durante o sono", disse Marieke Verharen, da agência Features Creative Management, que representava a actriz.
A estrela de "Emmanuelle" - célebre filme erótico do realizador francês Just Jaeckin  que esteve em cartaz durante 13 anos num cinema em Champs-Elysees, Paris - lutava há dez anos contra um cancro na garganta.
Kristel alcançou a fama internacional com "Emmanuelle", uma adaptação da novela homónima de Emmanuelle Arsan, dirigida por Just Jaeckin, e que relatava as experiências sexuais de uma mulher na Ásia. O filme foi originalmente proibido em França, durante seis meses, e aos 22 anos, a actriz passou a fazer parte da fantasia de várias gerações.
Depois do clássico "Emmanuelle" de 1974,  integrou o elenco de "Emmanuelle 2"(1975), "Goodbye Emmanuelle" (1977, "Private Lessons" (1981) e "Emmanuelle 4" (1984).
Sylvia Kristel entrou também em filmes de Claude Chabrol, Roger Vadim e Alain Robbe-Grillet.
Em 2006 a atriz publicou a sua autobiografia, "Nua", editada em Portugal pela Ambar. A actriz, que depois de "Emmanuelle" se tornaria no ícone da libertação sexual, escreveu: "Quis ser uma deusa do sexo, quis ser aquela personagem. Quis tudo. Voei, mas nunca aterrei onde queria. A minha celebridade terminou quando começava a acreditar nela".
Modelo desde os 17, venceu em 1973 o concurso Miss TV Europa. A actriz, que falava holandês, inglês, francês, alemão e italiano, contou na sua autobiografia, a sua dependência da cocaína e do álcool e, ainda, a história dos seus complicados envolvimentos com homens mais velhos. Da sua relação com o escritor belga Hugo Claus, nasceu o filho Arthur. Numa entrevista para um documentário, confessou que devido ao vício acabou por vender a sua participação em "Emmanuelle" ao seu agente por apenas 150.000 dólares». In Expresso.

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Cortesia do Expresso/JDACT