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«(…)
Os cavalos brancos
do teu ventre
como veneno do vento
Os cavalos brancos
do teu sono
como vício brando no
veneno do vento
Os cavalos brancos
dos teus dentes
como vidros no veneno do
vento
Os cavalos brancos
do teu tempo
como varas venenosas do
teu vento»
O
Mar nos Teus Olhos
«É o mar, meu amor
na febre dos teus olhos
É o manso fascínio
da onda que se inventa
É o mar, meu amor
mestiço nos teus olhos
É o mirto, o queixume
a mansidão tão lenta
É o mar, meu amor
o lastro dos sentidos
que afogas nos olhos
sem nunca te afundares
É o mar, meu amor
que transportas nos olhos
e onde eu nado o tempo
sem nunca me encontrar»
Poemas de Maria Tereza Horta, in ‘As
Palavras do Corpo’
In
Maria Tereza Horta, As Palavras do Corpo, Publicações dom Quixote, Lisboa,
2014, ISBN 978-972-204-903-0.
Cortesia
de PdonQuixote/JDACT