Noite
luz
«Marco
de ternura
sem
cansaço
brisa
amor
que
o mal te curará
ondulantes
caprichos
de
desejos loucos
padrões
do meu sentir
em
rio meu.
Murmúrios
liberdade
renegados
de
natureza grito
dor
e tu
que
alguém encontrará
no
amor nascer
que
não sentiu
o
medo de morrer
Marco
de ternura
sem
cansaço
mistério
denegrido
em
mim tortura
versos
horas
quebrados
em bocados
levada
que murmura
sem
cuidados.
Oh
noite luz
mulher
que aconteceu
procura
dum chegar
numa
palavra vem
aqui
fiquei
amor
que não morreu
de
tanto que gritou
e
já no fim
nasceu».
O
teu rosto
«Simbiótico
mutismo
descarnado
Reverso
acontecer
que
me atormenta
Mentira
colectiva
terra
arado
Sentido
de viver
nunca
acabado
Caminha
devagar
vai
caminhando
Verga
teu peito
chora
amigo meu
Lava
teu rosto
cobre
de respeito
O
outro que de andar
até
morreu»
Poemas de Hélio C. Ferreira, in ‘As Virgens’
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