Exílio
«As
planícies áridas de uma inspiração antiga deram-me a conhecer
O seguinte,
que eu era um poeta único, o Anunciado, o Iluminador das tardes
Violetas
do Bósforo e Antineia… e que ninguém, durante os anos
Criadores
de uma imaginação múltipla, regressaria às fórmulas arcaicas
Que
os medíocres ousaram, furiosos de Resto…
E eles!
Devoradores de impressão, que zelo sustenta ainda
Os
seus corpos? Antes os influenciasse Saturno, o criador de Obscuridade
Divina…
ou ouvissem os horóscopos pronunciados nas margens
Tempestuosas
do sul… ou ainda voltassem a um lugar abrigado
A elucidar
as profecias e comentários de um povo áugure… mas eles
Não
ouviram, nunca, asmatemáticas polares do sonho!...»
[…]
In
Nuno Júdice, 50 Anos de Poesia, Antologia Pessoal (1972-2022), Publicações Dom
Quixote, 2022, ISBN 978-972-207-457-5.
Cortesia de PdomQuixote/JDACT
JDACT, Nuno Júdice, Poesia, Cultura,