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O Museu Internacional da Reforma Protestante situa-se na rue du Cloître número 4 em Genebra e é um espaço de divulgação cultural que enfoca a história da Reforma Protestante e particularmente os capítulos dessa história que se desenrolaram na própria cidade de Genebra, a cidade de João Calvino. O local escolhido para albergar o museu é simbólico, a Maison Mallet, o edifício onde se situa o museu, foi construído em 1723 precisamente no mesmo local onde se situava o convento de Saint-Pierre, local onde em 21 de Maio de 1536 os habitantes de Genebra decidem adoptar a Reforma. Ao lado da Maison Mallet, fica a Catedral Saint-Pierre. O museu foi inaugurado em 15 de Abril de 2005.
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A história dos conflitos religiosos é também objecto de atenção. A própria cidade de Genebra foi o palco de uma parte dos principais acontecimentos na história da Reforma. Estão aqui expostos alguns documentos históricos que relatam as Guerras de religião em França, incluindo o Massacre da noite de São Bartolomeu.
Cortesia do MIRP
Com a revogação do Édito de Nantes pelo Édito de Fontainebleau em 1685, os huguenotes voltaram a ser perseguidos em França. Muitos fugiram para outros países. O museu mostra também alguns aspectos da vida desses calvinistas refugiados em seus países adoptivos. Por Meio De Edito De Nantes (1598), o monarca concedeu aos huguenotes a liberdade religiosa e o direito de exercerem cargos políticos.
Cortesia do MIRP
As 12 salas retratam de forma atractiva a história do protestantismo, da sua origem aos dias de hoje, graças a peças únicas como a primeira Bíblia em francês, datada de 1535. Uma impressora da época foi reconstruída para lembrar o papel importante da invenção para a propagação do movimento religioso criado pelo religioso alemão Martinho Lutero, em 1517. Genebra adoptou a Reforma em 21 de Maio de 1536, sob impulso de Guillaume Farel. Dois meses mais tarde, o teólogo João Calvino chegou à cidade para apoiar o movimento. Farel e Calvin sofreram resistência e foram da cidade em 1538. Calvino apenas regressou em 1541, onde permaneceu até à sua morte em 1564, aos 55 anos de idade.
A partir de 1550, a cidade de Genebra tornou-se refúgio para protestantes perseguidos em toda a Europa. Em 10 anos, o número de habitantes cresceu de 12 a 20 mil.
Documento inédito assinado por Calvino
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Cortesia do Museu Internacional da Reforma Protestante/JDACT