domingo, 29 de agosto de 2010

O Museu Nacional de Arte Antiga: Exposição - A Invenção da Glória. D. Afonso V e as Tapeçarias de Pastrana

Cortesia do MNAA
«Situado na rua das Janelas Verdes que faz ligação com o contíguo largo de Santos-o-Velho, a nascente, e com o sítio da Pampulha, a poente, da onomástica desta rua lhe vem o nome pelo qual é popularmente conhecido, o de Museu das Janelas Verdes. Característica artéria, ainda hoje semeada pela memória de antigos palácios, igrejas e conventos, convertidos na actualidade nos mais diversos fins, a sua localização, alcantilada sobre o rio e a zona portuária, confere-lhe uma envolvência cenográfica invejável.
A meio da rua, frente à primitiva entrada principal do museu, abre-se um pequeno largo de planta em U, denominado largo do Dr. José de Figueiredo (primeiro director do Museu) cujo projecto é da responsabilidade de Reinaldo Manuel dos Santos (1731-1791), datável de 1778. Também de sua autoria é o desenho do pedestal do chafariz cuja parte superior recebe um grupo escultórico representando Vénus e Cupido, executado pelo escultor António Machado (-1810)».

Até ao pf dia 12 de Setembro de 2010 está a decorrer a Exposição - A Invenção da Glória. D. Afonso V e as Tapeçarias de Pastrana.

Cortesia do MNAA
A exposição «A Invenção da Glória. D. Afonso V e as Tapeçarias de Pastrana» reúne pela primeira vez em Portugal os quatro monumentais panos, tecidos em Tournai por encomenda de D. Afonso V, conservados na Colegiada de Pastrana desde o século XVI e recém-restaurados sob o patrocínio da Fundação Carlos de Amberes. Peças de extraordinária monumentalidade e absolutamente únicas em termos da produção borgonhesa, relatando as conquistas de Arzila e Tânger, a sua encomenda e produção — ainda envolta em sombras — enquadra-se num programa mais vasto, de construção mítica da História, que o conjunto de obras em seu redor agora reunidas procura enquadrar e problematizar.
A exposição destas tapeçarias em Lisboa, integrada nas comemorações do 25º Aniversário da Assinatura do Tratado de Adesão de Portugal e de Espanha às Comunidades Europeias, beneficiou do solidário apoio da Embaixada de Espanha em Portugal e de outras entidades, como sejam, Câmara Municipal de Lisboa, Fundação Batalha de Aljubarrota, Lusitânia, de entre outras.

Cortesia do MNAA
«Mais adiante, na extremidade ocidental do edifício, abre-se um pequeno jardim construído sobre a chamada Rocha do Conde de Óbidos, formação rochosa sobre a qual se situavam outrora, de um lado o palácio dos condes de Óbidos (actuais instalações da Cruz Vermelha) e do outro um antigo convento feminino, o designado convento das Albertas. Este convento já não existe e no seu lugar ergue-se, hoje em dia, a ala do museu edificada no final dos anos de 1930, enquanto a pequena cerca do convento foi transformada num jardim público – o Jardim 9 de Abril – que dá acesso à entrada principal e que liga, através de duas longas escadarias que tiram partido da topografia, com a avenida 24 de Julho, toponímia do antigo Aterro oitocentista». In MNAA

Ao abrigo do Programa de Recuperação do Património Classificado, do Ministério da Cultura, o Museu Nacional de Arte Antiga vai beneficiar da recuperação das fachadas frontal e laterais, Jardim 9 de Abril, Rua das Janelas Verdes e jardim do Museu, tal como da recuperação, tratamento e impermeabilização da cobertura da Capela das Albertas que, após uma campanha de conservação e restauro cujo financiamento deverá ser também encontrado, poderá abrir ao público em toda a sua magnificência. A recuperação vai realizar-se com a doação de um cheque-obra, pela OPWAY.

Cortesia do MNAA
http://www.mnarteantiga-ipmuseus.pt/Data/Documents/Exposições%20Temporárias/Tapeçarias%20Pastranas/Indice%20Catalogo%20Pastranas.pdf

Assalto a Arzila, em 1471, pelas tropas de D. Afonso V (pormenor)
Lã e Seda, Pastrana (Guadalajara)
Colegiata de Nuestra Señora de la Asunción
Cortesia do MNAA

Cortesia do MNAA/JDACT