quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Biblioteca Nacional de Portugal: Mostra. Políbio Gomes dos Santos (1911-1939). Até ao dia 31 de Agosto de 2011, Sala de Referência. «De próxima influência presencista, pelo tom intimista em que se recorta a sua poesia e está bem presente no seu único livro em vida, As Três Pessoas (1938), não deixou de emergir em Políbio uma intenção social que cedo aproximou o poeta do Neo-realismo...»

Cortesia de bnp 

A BNP assinala os 100 anos do nascimento do poeta, que se completaram no pp dia 7 de Agosto, com uma mostra em que apresenta uma selecção de documentos do seu espólio, integrado no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea.
Prematuramente desaparecido, com 27 anos, vítima de tuberculose, Políbio Gomes dos Santos deixou uma curta obra que é, não obstante, reconhecidamente a de um grande poeta.


Cortesia de bnp

De próxima influência presencista, pelo tom intimista em que se recorta a sua poesia e está bem presente no seu único livro em vida, As Três Pessoas (1938), não deixou de emergir em Políbio uma intenção social que cedo aproximou o poeta do Neo-realismo, ao lado de Joaquim Namorado e Fernando Namora, em Coimbra, desde 1935.
Da individualidade fundadora, essa poesia abre-se aos outros e fala de (a) outras vozes, a (de) uma imensa humanidade que reside nesse «quadro negro – a Vida».

Chamam-me lá em baixo:
Voz de coisas, voz de luta,
É uma voz que estala e mansamente cala
E me escuta.

Em 1944, os seus parceiros de percurso acolhem na colecção «Novo Cancioneiro» um título póstumo, Voz que Escuta, cujo trabalho poético reforça a escrita laboriosa que era a de Políbio e que encontra lastro, por exemplo, na criação de Carlos de Oliveira que profundamente o admirava». In Biblioteca Nacional de Portugal.

Cortesia de BNP/JDACT