Assassinato nas Ordens Sagradas
«(…) Segundo Yallop, o papa foi
envenenado, provavelmente por alguém que adulterou um vidro do remédio para
pressão baixa, chamado Effortil, que João Paulo mantinha na sua mesa de
cabeceira. Yallop escreveu que as inconsistências nos informes do Vaticano a
respeito da morte papal e da falta de uma autópsia indicavam um acobertamento. Era
perfeitamente claro, ele escreveu, que em 28 de Setembro de 1978, esses seis homens,
Marcinkus, Villot, Calvi, Sindona, Cody e Gelli, tinham muito a temer se o papado
de João Paulo I continuasse. É igualmente claro que todos eles ganhariam de
várias maneiras se o papa João Paulo I morresse de repente. Os teóricos da
conspiração rapidamente encontraram uma previsão do assassinato de João Paulo
nos escritos do profeta Nostradamus: Aquele que foi eleito papa será
ridicularizado pelos seus eleitores. Essa pessoa prudente e empreendedora será
subitamente reduzida ao silêncio. Decidem matá-lo por causa da sua grande
bondade e moderação. Tomados pelo medo, o levarão à morte durante a noite. Tudo
o que se podia dizer com certeza era que João Paulo havia sido papa por trinta
e três dias.
Acontecimentos após a morte de João Paulo :
Outubro de 1978: eleição do
cardeal polaco Karol Wojtyla para o papado. Ele assume o nome de João Paulo II
em homenagem ao papa morto. Nenhuma das instruções ou os decretos de João Paulo
I foram colocados em prática.
21 de Janeiro de 1979: o juiz
Emillio Alessandrini, magistrado que investigava as actividades do Banco
Ambrosiano, é assassinado.
20 de Março de 1979: Nino
Pecorelli, jornalista investigador que expusera o nome de membros e os negócios
do grupo maçónico P2, é assassinado.
11 de Julho de 1979: Giorgio
Ambrosoli, depois de testemunhar a respeito de Sindona e Calvi nos círculos dos
negócios do Vaticano, é assassinado.
13 de Julho de 1979: o tenente-coronel
Antonio Varisco, chefe do serviço de segurança de Roma, é assassinado. Varisco
também estava investigando as actividades da P2; tinha conversado com Giorgio
Ambrosoli dois dias antes da morte de Ambrosoli.
2 de Fevereiro de 1980: o
Vaticano desfaz um acordo para fornecer depoimentos em vídeo para o julgamento
de Sindona nos Estados Unidos pelas acusações de fraude, conspiração e apropriação
indébita de fundos ligados à falência do Franklin National Bank.
13 de Maio de 1980: tentativa de
suicídio de Sindona.
8 de Julho de 1980: Roberto
Calvi, preso também por fraude, tenta o suicídio.
1º de Setembro de 1981: o Banco
do Vaticano reconhece seus interesses como controlador de uma série de bancos
comandados por Calvi, com débitos superiores a 1 bilhão de dólares.
12 de Janeiro de 1982: os accionistas
do Banco Ambrosiano enviam uma carta a João Paulo II expondo as ligações entre
o Banco do Vaticano e Roberto Calvi, a P2 e a máfia. A carta jamais foi
reconhecida.
27 de Abril de 1982: tentativa de
assassinato de Roberto Rosone, gerente-geral do Banco Ambrosiano. Rosone
estaria tentando limpar as operações do banco.
2 de Outubro de 1982: Giuseppe
Dellacha, executivo do Banco Ambrosiano, morre depois de cair de uma das
janelas do banco.
23 de Março de 1986: Michele
Sindona morre por envenenamento na prisão italiana onde estava preso por ter
sido o mandante da morte de Giorgio Ambrosoli.
O mais sensacional desses acontecimentos
ocorreu em 17 de Junho de 1982. Nessa data, Roberto Calvi foi encontrado
pendurado pelo pescoço numa ponte de Londres». In Paul Jeffers, Mistérios
Sombrios do Vaticano, 2012, Editora Jardim dos Livros, 2013, ISBN
978-856-342-018(7)-3(6).
Cortesia de EJdosLivros/JDACT
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