(1939-2009)
Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida,
Estes são os imprescindíveis
Bertold Brecht
O Dia Mundial do Teatro assinala-se, amanhã, sábado, dia 27. Por todo o País realizam-se iniciativas que assinalam a efeméride. Para mim recordo, também, o José Morais e Castro com o seu trato afável e bom diálogo no restaurante «Solar dos Presuntos» com a D. Graça, o Sr Evaristo, o Pedro e o Agostinho.
A mensagem para o ano de 2010 (Dame Judi Dench):
O Dia Mundial do Teatro é para nós a ocasião de celebrar o Teatro na multiplicidade de suas formas. Fonte de divertimento e inspiração, o teatro contém em si a capacidade de unificar as inúmeras populações e culturas que existem pelo mundo. Mas ele representa muito mais do que isso, ao oferecer-nos possibilidades de educação e informação. O Teatro acontece no mundo inteiro, e não apenas nos seus espaços tradicionais : os espectáculos podem ser realizados numa pequena aldeia da África, no sopé de uma montanha da Arménia, em uma pequena ilha do Pacífico. Ele não tem necessidade de um espaço e de um público. O teatro possui esse dom de nos fazer rir, de nos fazer chorar, mas ele deve, também, fazer-nos reflectir e reagir. O teatro é fruto de um trabalho de equipe. São os actores que vemos, mas existe um número espantoso de pessoas escondidas, todas elas tão importantes quanto os primeiros e cujas diferentes e específicas competências permitem a realização do espectáculo. A eles se deve uma parte de todo o triunfo ou sucesso alcançado. O dia 27 de Março é a data oficial do Dia Mundial do Teatro. Mas cada dia deveria poder ser considerado, de diversas maneiras, como uma jornada do teatro, pois cabe-nos a responsabilidade de perpetuar esta tradição de divertimento, de educação e de edificação dos públicos, sem os quais não poderíamos existir.
José Morais e Castro foi um actor, encenador, advogado e um intelectual ao serviço da cultura e do povo português. Destacou-se pela sua actividade enquanto advogado e grande figura da cultura portuguesa. Nas artes do espectáculo, Morais e Castro estreou-se profissionalmente no Teatro do Gerifalto. Passou pelo grupo Cénico de Direito e integrou o Teatro Moderno de Lisboa. Em 1968, é co-fundador do Grupo 4 no Teatro Aberto. Representou autores como Peter Weiss, Bertolt Brecht, Max Frisch, Peter Handke e Boris Vian. Contracenou com Mário Viegas na peça «À espera de Godot» de Samuel Beckett. Em 2004, interpretou «O Fazedor de Teatro» com Joaquim Benite na Companhia de Teatro de Almada que lhe valeu a Menção Honrosa da Crítica.
José Morais e Castro fez parte da Direcção da Casa do Artista, do qual foi sócio fundador.
JDACT
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