domingo, 14 de março de 2010

João Villaret: Um génio da arte


João H. P. Villaret (1913-1961) foi um actor, encenador e declamador português. Nos anos 1950, com o aparecimento da televisão, transpõe para este meio de comunicação a experiência que adquirira no palco e em cinema, assim como em programas radiofónicos. Aos domingos declamava na RTP com graça e paixão poemas dos maiores autores nacionais. Ficaram célebres, entre outras, as suas interpretações: Procissão, de António Lopes Ribeiro (1955);  Cântico negro, de José Régio; O menino de sua mãe, de Fernando Pessoa.
Na música é de destacar, pela sua originalidade:  Fado falado, de Aníbal Nazaré e Nelson de Barros (1947).



Ele dizia poesia como ninguém. É sobretudo por isso que é recordado. Morreu aos 48 anos mas, neste quase meio século de vida, fez com que uma nação se apaixonasse pelos poetas nacionais. Sobretudo Fernando Pessoa. Mas não só: «muita gente ouviu falar pela primeira vez de José Régio através de João Villaret», afirma o historiador Vítor Pavão.
 O seu percurso demonstra que obras superlativas têm poder de reverter expectativas e derrubar barreiras consideradas intransponíveis.
JDACT

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