domingo, 10 de outubro de 2010

A Vila de Penamacor: O nome desta vila, segundo uma das lendas, terá origem num célebre bandido, que aqui terá habitado, de nome Macôr. Seja qual for a origem do nome, o certo é que representa uma das vilas mais bonitas e castiças do País

Cortesia da CMPenamacor

Cortesia de livrariabizantina

Penamacor é uma vila fronteiriça, sede de concelho, situada a uma altitude média de 550 metros, calma e rural, próxima da Serra da Estrela. A vila prima pela sua paisagem natural magnífica e aqui se localiza a sede da Reserva Natural da Serra da Malcata, que abriga espécies como o lobo e a lontra numa área selvagem e densamente arborizada de cerca de 20 quilómetros quadrados, sobretudo conhecida por ser um dos últimos refúgios do quase extinto lince ibérico.
O concelho é constituído por várias pequenas e típicas aldeias com construções rurais de pedra, onde calma e paz de espírito imperam.
Para conhecer um pouco mais sobre este concelho, consulte a sua História, saiba mais sobre os seus monumentos e Património, conheça a sua Gastronomia e pratos típicos e descubra quais as Festas Populares.



Cortesia da CMPenamacor
Penamacor foi elevada a vila em 1199. Só a partir do reinado de D. Sancho I é que a história de Penamacor se define com alguma clareza. Dizem alguns ter sido esta vila pátria de Vamba, o famoso rei dos Godos que governou a península desde 672 até 682. D. Sancho I, conquistou Penamacor aos Mouros e reconstruiu-a. Deu-lhe foral em 1189 e entregou-a aos Templários na figura do mestre D. Gualdim Pais, que a fortificou.
O nome desta vila, segundo uma das lendas, terá origem num célebre bandido, que aqui terá habitado, de nome Macôr. Segundo dizem, este salteador vivia numa caverna a que davam o nome de Penha. Com o passar dos tempos, o nome adulterou-se e passou a chamar-se Pena, ficando assim a terra a ser conhecida por Penha de Macôr ou Pena Macôr.

Cortesia da CMPenamacor
Segundo outra versão uma luta feroz entre os seus habitantes e salteadores originou tanto derramamento de sangue e de tão má cor, que a vila ficou a ser conhecida por Penha de má cor. Ainda outra refere, que nesta zona existiam duas povoações, ambas localizadas em montes, Pena de Garcia e Pena Maior. Com a adulteração da pronúncia Castelhana, Magor passou a ser Macor, dando origem a Pena Macor. Seja qual for a origem do nome, o certo é que representa uma das vilas mais bonitas e castiças do País.
O desenvolvimento da vila, nos finais do século XII, deve-se à necessidade de protecção da fronteira portuguesa, pelo que foi construído um castelo, de que ainda hoje restam vestígios, considerado monumento nacional.
 

Cortesia da CMPenamacor
Torre de Vigia
No lado Sul de Penamacor, a Torre de Vigia tem 20 metros de altura. A única entrada é por uma porta sobrelevada a 7 metros do solo sem qualquer acesso. Segundo dizem a torre fazia ligação ao Castelo de Sortelha e recebia as ordens da Praça de Monsanto. Esta torre servia essencialmente para vigiar.
Presentemente a Torre de Vigia encontra-se sobre a alçada dos Bombeiros de Penamacor com o fim de detectar possiveis incêndios o mais rapidamente possível.
 
Cortesia da CMPenamacor
Domus Municipalis
Criado em 1949 por iniciativa da Câmara Municipal, o Museu de Penamacor viria a ser instalado no antigo edifício da Domus Municipalis, sob o impulso de Mário Pires Bento, estudioso e investigador do passado local. Tratava-se mais da preocupação de salvaguardar património do que cumprir qualquer quesito ou programa museológico.
Após largo período de estagnação e indefinição, o processo ganharia novo impulso quando Aristides Galhardo Mota foi encarregado de reestruturar o Museu, em 1982, procedendo de imediato à inventariação e limpeza do acervo e, mais tarde, à mudança para as instalações do ex-quartel militar, antigo convento de Santo Estevão, onde ainda permanece nos moldes então delineados. No presente, assiste-se a uma forte intenção, por parte da Câmara Municipal, de reorganização do espaço e das colecções, ditada pelas novas exigências resultantes do integral cumprimento das funções museológicas.

Cortesia da CMPenamacor
Para além do valioso espólio arqueológico e de alguns notáveis apontamentos de arte sacra, o visitante pode, ainda, admirar colecções tão díspares e surpreendentes como a de numismática, alfaias e apetrechos agrícolas, utensilagem e ferramentas de ofícios, e uma interessante mostra de exemplares embalsamados da fauna local, onde não falta o lince ibérico.
O lince ibérico é, como se sabe, uma espécie ameaçada de extinção, motivo que presidiu à criação da Reserva Natural da Serra da Malcata, seu habitat natural. In Património, Câmara Municipal de Penamacor.
Cortesia de carnivorafcul
 
Cortesia da CMPenamacor/JDACT