quinta-feira, 23 de junho de 2011

O Risorgimento. Itália: «O processo de unificação, ao longo do século XIX, dos diversos estados em que a Península Itálica se encontrava dividida. Ressurgimento porque constitiui o despertar da consciência nacional, que relembrou as suas raízes na província da Itália criada pelo imperador romano Augusto, e que quis convergir com o Renascimento»

Cortesia de wikipedia

«Durante o século XIX, estimulada pelos ideais revolucionários que se expandiam pela Europa e pela América, a consciência nacional do povo italiano «ressurgiu», encorajando-o a lutar pela independência contra os poderes estrangeiros e a unir os estados que o dividiam. Em Itália, denomina-se Risorgimento, ressurgimento, o processo de unificação, ao longo do século XIX, dos diversos estados em que a Península Itálica se encontrava dividida. Ressurgimento porque constitiui o despertar da consciência nacional, que relembrou as suas raízes na província da Itália criada pelo imperador romano Augusto, e que quis convergir com o Renascimento.
Este movimento revitalizador da cultura clássica, que se expandiu por toda a Europa durante os séculos XIV e XV, tivera o seu epicentro precisamente nas cidades italianas. No Congresso de Viena, 1815, após a derrota de Napoleão, a Península Itálica foi repartida entre:
  • o Império Austríaco dos Habsburgos; 
  • o Reino de Piemonte-Sardenha da Casa de Sabóia;
  • os Estados Pontifícios do poder papal;
  • o Reino das Duas Sicílias sob a monarquia dos Bourbons.
Restaurado o absolutismo em todos estes estados, os monarcas eixaram de contar com o apoio popular. Os ideais liberais da Revolução Francesa, 1789, os sentimentos nacionalistas estimulados pelo Romantismo, encarnado em escritores como Giocomo Leopardi, ou em músicos como Giuseppe Verdi, e a difusão de ímpetos revolucionários por parte das sociedades secretas, como a Jovem Itália de Giuseppe Mazinni, originaram revoltas populares explosivas que se sucederam pelas décadas de 1820 e 1830, juntamdo-se assi^m às vagas revolucionárias que já abalavam a América Latina e a Europa.


Cortesia de wikipedia 

As Guerras da Independência
Em 1848,  no reino de Piemonte, declarou-se a Primeira Guerra da Independência contra o Império Austríaco. Em 1849, proclamou-se a República Romana, liderada por Mazzinni e defendida um ano depois por Garibaldi dos ataques das tropas de Napoleão III, que venceram e entregaram a cidade mais uma vez ao poder papal. Em 1852, o conde de Cavour tornou-se primeiro-ministro do reino de Piemonte e renovou as ambições expansionistas dos Piemonteses frente à Áustria, através de uma astuta política de alianças com a França e a Grã-Bretanha. Foi com a ajuda de Napoleão III que venceram finalmente a Segunda Guerra da Independência, 1859-1861, que lhes permitiu anexar a Lombardia, Parma, Modena, Emília-Romana e a Toacana, em troca de Nice e da Sabóia para a França.


Cortesia de wikipedia 

Em 1860, Garibaldi empreendeu a «Expedição dos Mil», dominando o reino das Duas Sicílias, um dos estados mais prósperos da Europa naquela época. Garibaldi desejava continuar a luta até à conquista de Roma, com a consequente preocupação de Vítor Emanuel e de Cavour, que temiam que a sua extrema ambição deitasse a perder o já conseguido.
Finalmente, Garibaldi antepôs a unidade aos seus ideais republicanos e entregou o reino das Duas Sicílias a Vítor Emanuel II. Em 1861, concretizou-se a unificação com a criação do reino da Itália sob a monarquia deste soberano.
O processo complementou-se com a anexação de Veneza, na Terceira Guerra da Independência, 1886, e a conquista definitiva de Roma em 1870, com o aproveitamento da guerra austro-prussiana no primeiro caso e da franco-prussiana no segundo caso». In Wikipédia.

Cortesia de Wikipédia/JDACT